14/06/2021 08:10:06
André Avlis
FUTEBOL: Gabriel Barbosa, o artilheiro que muitos 'odeiam'. Mas há um motivo
Atacante marcou um dos gols da vitória do Brasil contra a Venezuela, por 3 a 0, na estreia da Copa América. Confira alguns números do jogador.
Gabriel Barbosa em ação pelo Brasil.

O paralelo mundo em que desempenho, números e estatísticas são contestados.

Gabriel Barbosa, o Gabigol, não tem o poder de "agradar a gregos e troianos". Apesar do alto nível, se tornou do tipo de jogador que é amado, por óbvia razão; e odiado, por explicações um tanto contraditórias.

O jogador é, sem sombra de dúvidas, um dos principais atacantes brasileiros dos últimos anos. Especialmente se falarmos sobre números.

Pelo Brasileirão já marcou 81 vezes em 147 partidas, com 39 gols pelo Flamengo e 42 pelo Santos. O atacante venceu o prêmio de artilheiro da competição por duas vezes (2018 e 2019). Na Libertadores são 18 gols; 17 pelo Flamengo - ultrapassando Zico e se tornando o maior artilheiro do clube na competição -, e um pelo Santos. Além dos gols na final, artilharia e o título da competição, em 2019.

Na Copa do Brasil, são três artilharias, todas pelo time paulista (2014, 2015 e 2018). Em estaduais são 39 gols: no Carioca (artilheiro em 2019), são 23 gols em 30 jogos; no Paulistão, foram 21 gols em 55 partidas. Em 2019, ano mágico em sua carreira, Gabriel também conquistou prêmios individuais: Melhor Jogador da América, segundo o Jornal "El País"; Troféu Bola de Ouro como melhor jogador do Brasileirão; Prêmio Arthur Friedenreich, como jogador com mais gols na temporada (43).

Os números falam por si - eu que não sou louco de "brigar" contra eles. Até porque, qualquer argumento contrário se torna incompatível quando analisamos pela ótica eminente dos fatos. Então, por que algumas pessoas "odeiam" Gabigol?

Eu concordo que Gabriel é por vezes displicente e utiliza de preciosismo desnecessário em alguns momentos - trazendo à tona impressão de que ele mais desperdiça chances do que faz gols. Tipo a frase que gostam de usar para desqualificá-lo: "faz muito gol, mas também perde bastante". Uma premissa um tanto que paradoxa.

No entanto, sua qualidade é totalmente inegável. Um "camisa 9" técnico, versátil, goleador e amplamente decisivo. Aquele jogador que a maioria dos torcedores gostaria de ter a favor do seu time. E é esse o motivo: ele não está no time dessa parte que o odeia.

É a velha realidade do clubismo exacerbado que por vezes - ou sempre - cega. Criando sentimentos aversos, até mesmo contra alto desempenho e estatísticas. Desconexando a parcialidade daquilo que realmente é explícito.

Contudo, você pode não gostar do Gabigol - por algum motivo -, é algo legítimo. Entretanto, é irracional querer ter razão sobre dados, desempenho e resultados. Mas há um motivo: ele está "do lado de lá".

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