Agradeçam. Nada mais.
Daqui há vinte, trinta, quarenta anos, estaremos sentados e contando histórias. Como nossos avós, pais e os mais antigos contam. Falaremos, com saudosismo e orgulho, que vimos Cristiano Ronaldo e Messi - podem anotar. Não é presságio. É uma certeza.
Serão frases como: "vocês não acreditariam no que eu vi" ou "o inimaginável e inexplicável aconteceu no futebol em minha época". Repito: anotem.
Lionel Messi chegou à marca de 700 gols em jogos oficiais na carreira, ontem (30/05), no jogo contra o Atlético de Madrid, no Estádio Camp Nou. Cristiano Ronaldo havia chegado à mesma marca em 2019, em jogo válido pelas Eliminatórias da Euro 2020, contra a Ucrânia. Coincidentemente, ambos de pênalti.
Chegaram assim, a um seleto grupo de artilheiros da história do futebol. Juntaram-se a Josef Bican (805), Romário (727), Pelé (767), Ferenc Puskas (746), Gerd Müller (735) e agora, Cristiano Ronaldo (728) e Lionel Messi (700). Vale ressaltar que no ranking é apenas contabilizado gols em jogos oficiais por clubes e seleções. Dados divulgados pelo RSSSF, organização internacional que coleta estatísticas do futebol.
Estamos contemplando e já acompanhamos, até aqui, o auge de dois humanos que parecem não ser.
É impressionante como um parece ser combustível para o outro. Desde a primeira vez que se encontraram no palco do "Melhor do Mundo" lá em 2007. Ali começava o início de uma grande e extraordinária disputa. Uma bela história. Imparáveis e incansáveis.
De lá para cá, juntos, fizeram de suas carreiras um dos apogeus do futebol. Em números combinados, o inimaginável.
São 1867 jogos; 1428 gols e 582 assistências. 11x Melhor do Mundo da FIFA, 11x Bolas de Ouro e 10x Chuteiras de Ouro; 1 Puskás; 9 Champions League, 3 Premier League, 12 LaLiga, 1 Serie A, 7 Copas Nacionais, 15 Supercopas Nacionais, 7 Mundiais, 1 Eurocopa e 1 Liga das Nações.
Uma hegemonia que perdura até os dias de hoje. Mais de DEZ anos no topo. Onde o que alterna são apenas a primeira e a segunda colocação.
A dupla está, certamente, no Olimpo do futebol. Marcados e fincados na História. No lugar onde só as lendas podem caminhar tranquilamente. Onde o que era, um dia, utopia, tornou-se realidade.
Agradeçam. Apreciem. Reverenciem. Pois nem mesmo os "não mortais" são eternos. Apesar de já se tornarem infinitos, perpétuos, universais. Enfim, agradeçam!
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