20/04/2021 08:22:36
André Avlis
FUTEBOL: O elitismo e o egocentrismo "criaram" a Superliga Europeia
Doze dos clubes mais ricos da Europa confirmaram a criação de uma nova liga, no último domingo (18). Arsenal, Chelsea, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Liverpool, Barcelona, Atlético de Madrid, Real Madrid, Internazionale, Juventus e Milan.

Desde 1863, época da criação do futebol moderno, jamais foi visto tamanho absurdo.

Presidida pelo mandatário do Real Madrid, Florentino Pérez, a criação da Superliga Europeia foi anunciada. Competição que faz oposição à Liga dos Campeões da Europa.

Um breve resumo: além dos 12 clubes fundadores, mais três clubes teriam vaga garantida na competição, independentemente do que realizarem em suas ligas nacionais.

Além disso, o campeonato não contaria com qualificação e rebaixamento; tendo ainda espaço para mais cinco vagas destinada a clubes menores (dependendo de desempenho na temporada anterior.

Segundo o grupo de fundadores a ideia é, basicamente ou exclusivamente, aumentar o faturamento. Estima-se que o JP Morgan, um banco de investimento dos Estados Unidos, injetará cerca de 4 bilhões de euros na nova competição, dividindo a alta quantia entre as agremiações.

De acordo com a BBC além das receitas destinadas a cada um dos participantes, a Superliga ainda contaria com "pagamentos de solidariedade ilimitados", que pode crescer de acordo com receitas da competição. Há expectativa para que sejam superiores a 10 bilhões de euros no total. Ainda segundo informações, cada clube fundador teria direito a 3,5 bilhões de euros.

Podemos chamar tal ato de golpe, "panelinha", "Clube do Bolinha" etc. O esporte que nasceu do povo, da classe trabalhadora e operária, do proletariado; presencia uma segregação elitista jamais vista. Algo antidemocrático e imoral. Como se "supremacistas cifrais" erguessem seus egos para interesses próprios - literalmente.

A essência do futebol que se desvai. Com toda sua origem de lutas e méritos. Por puro capricho e egoísmo de pessoas que acham que estão acima do próprio. Passando por cima de tudo e todos, esmagando para aumentarem seus faturamentos e diminuir ainda mais que é menor. Um total disparato com toda genuinidade de algo que foi feito a partir da paixão intrínseca do povo.

Só tenho uma palavra para resumir tal atrocidade: absurdo. Dividir algo que é tão único é covardia. Nada menos que isso. Infelizmente.

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