Atenção! Texto íntimo, pessoal e passional.
Pode alguém amar à primeira vista? Eu respondo: - pode. Eu não entendia muito sobre o amor lá em 1997. Mas sem perceber e entender, fui fisgado. Como se um cupido às avessas entrasse em cena.
Não é normal começar amar em meio a uma dura derrota. Não é comum se apaixonar por cores que foram ofuscadas em um Maracanã lotado de preto de branco - de Vasco da Gama. Não, não é nada natural.
Talvez a pureza de um moleque de 6 anos não o deixou ver outra coisa que não fosse o verde e branco de Palestra. De Palmeiras. Uma inocência que anos depois se tornaria essência. Essencial. Imprescindível. Insubstituível.
Foi a partir daí e de lá que tudo começou. Um primeiro e eterno amor. Perpétuo. Findado a durar até a eternidade.
Paixão de criança, de adolescente, de homem. A mesma que faz sorrir e chorar. Sofrer e se alegrar. Como toda a sua história. De lutas e resistências. Das várias perseguições que insistiram em aparecer durante anos. Trazendo mudanças. De nome, de cor e a principal - de imponência.
Da guerra que veio e gerou a fibra. Da dureza de não desistir. Da vibração constante em todos os momentos; bons e ruins.
O menino que se apaixonou de primeira passou por fases. De segundas qualidades. Das primeiras que trouxeram a América. Do mais duro período de incertezas que fizeram a estrela de uma Academia ser ofuscada. Do sofrer. Porém, sem abandono. Nossa origem nos faz sermos resilientes. Resistente.
Nos renovamos a cada obstáculo ultrapassado. Como dizem: depois da tempestade vem a bonança. O céu azul - ou melhor, verde - sempre retorna ao seu lugar de fato e direito. Com todas as qualidades e defeitos. E assim, passamos por tudo. Fortes e de cabeça erguida.
Uma frase explica tudo isso que tento sempre explicar. Mas como disse um dos maiores palmeirenses existentes, Joelmir Beting: "Explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é totalmente desnecessário. É a quem não é palmeirense, é simplesmente impossível."
Frase que resume um sentimento que, ironicamente, tem toda sua pluralidade. Nos mais de 11 milhões de alviverdes espalhados. E foi assim com um menino que lá em 1997 foi escolhido para ser. Ser Palestra, Palmeiras, Palmeirense.
Foi mesmo amor à primeira vista. O Palmeiras e eu; eu e o Palmeiras.
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