A busca pelo tão sonhado Hexa começa sempre pelas eliminatórias. E hoje terá início a jornada da seleção brasileira.
O Brasil entra em campo hoje, às 21h30 (horário de Brasília), contra a Bolívia. O técnico Tite tem um grande problema para escalar sua equipe. Seu principal jogador, Neymar, é dúvida - por conta de dores na lombar. Caso o craque não jogue, Everton Ribeiro, do Flamengo, será seu substituto. Uma novidade deve ser a entrada do volante Douglas Luiz, jogador do Aston Villa. No gol, o escolhido deverá ser Weverton, do Palmeiras.
Sendo assim, a provável escalação da seleção brasileira para a estreia nas eliminatórias é: Weverton, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Casemiro, Douglas Luiz e Philippe Coutinho; Everton Cebolinha, Neymar (Everton Ribeiro) e Roberto Firmino.
Então, o que esperar da seleção de Tite nesse início e nas Eliminatórias?
O Brasil não entra em campo desde novembro. Este, em meu ver, será uma dos maiores probelmas do time de Adenor - se não o maior. Além de ter uma escalação inédita, ou seja, o time que entrará em campo jamais atuou junto - fator que influencia no desempenho.
A ideia tática do técnico não deve fugir muito do que ele vem adotando em seu trabalho e no que ele vem propondo nos últimos anos de sua carreira. Um 4-1-4-1 com variações para o 4-2-3-1 e para o 4-3-3; com a possibilidade de flutuação, mudança de posicionamento e de transições de seus jogadores de ataque.
Certamente nossa seleção terá dificuldade, principalmente no fator entrosamento. Só perceber a provável escalação. Se a pegarmos, apenas Marquinhos e Thiago Silva tem essa sintonia - por terem jogado juntos no PSG. E caso Neymar jogue, apenas dois jogadores atuarão no mesmo clube: ele mesmo e o próprio Marquinhos.
Então, fazendo uma análise lógica, é impossível que o entrosamento apareça de repente - por conta, também, do pouco tempo de preparação. Pelos simples fatos do longo período inativo e pela universalidade dos jogadores. Pois no atual e provável time titular, mais de 90% jogam em times diferentes.
No entanto, um aspecto que pode sobressair nesses primeiros jogos é a individualidade - caso a parte coletiva não esteja em harmonia. O Brasil é totalmente superior nesse quesito aqui na América do Sul e o retrospecto e estatísticas mostram isso. Volto, até, a repetir: somos os melhores da América.
É até por isso que as grandes expectativas são criadas. A espera por brilhantes atuações e espetáculos nos jogos são inevitáveis, logicamente. Contudo, assim como esses questões aparecem, figuram também, em meu ver, algumas críticas exacerbadas e desnecessárias.
Uma vez que, se usarmos a racionalidade, é impossível que um time onde jogadores que não jogam juntos regularmente, que tem tempo necessário de preparação e longo período inativo, de uma hora para outra vire um 'Barça' de Guardiola ou um Liverpool de Klopp, por exemplo. Temos um ótimo material humano, mas Tite não tem uma varinha de condão.
Portanto, o que eu espero? Uma competição imponente, segura, constante e sólida - mesmo sabendo de todas essas dificuldades e obstáculos. Na América, como já disse, somos os melhores. Basta confirmar tal título mais uma vez. Conseguindo assim, outra classificação para um torneio que nunca ficamos de fora - desde seu princípio.
Iremos classificar para a Copa do Mundo do Qatar. Ponto. E podem anotar.
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