
"Morre" o Murici e nasce o Murici.
Parece algo paradoxo ou incompatível, mas aconteceu.
Uma surpresa foi anunciada nessa segunda-feira (17), dia do Conselho Arbitral do Campeonato Alagoano 2026. O Murici Futebol Clube anunciou sua desistência das competições profissionais da temporada, alegando problemas financeiros e impossibilidade de pagamento de dívidas robustas - segundo o clube.
Em seu lugar, a Federação Alagoana de Futebol (FAF), convidou o Esporte Clube Guarany. Em entrevista, o presidente da instituição, Felipe Feijó, afirmou que esta condição foi possível porque a desistência aconteceu antes do arbitral. Diferente, por exemplo, do caso do Igaci, que desistiu quando toda a tabela já estava formada.
Ainda dentro da manobra que parecia estar costurada bem antes da disputa da Segunda Divisão do Campeonato Alagoano 2025, o Guarany solicitou a mudança de nome para Murici Sport Clube. Pedido já analisado e aprovado pela CBF.
Um novo nome fantasia, em outro CNPJ - este sem dívidas. Uma artimanha dentro de uma brecha oferecida pelo próprio regulamento da competição. Algo que podemos classificar como imoral, mas não ilegal. Criando-se precedentes dentro das próprias normas.
Ao que parece e se configura, é que todo este malabarismo já estava sendo supostamente montado e formado. Haja vista a celeridade na troca de nome, num curto prazo para a entrega de novas atas e estatuto.
O fato é: o que estamos acompanhando, é uma das maiores aberrações já vistas no futebol alagoano. Um drible desconcertante de um clube que, aparentemente, tenta fugir das suas dívidas e outro que se aproveitou de interesses políticos e econômicos para também se beneficiar da atual condição.
Nasce um como barriga de aluguel e "morre" o outro. Um contrassenso poucas vezes visto no futebol alagoano. Do escárnio à aberração. Eis que 'começa' a temporada do futebol de Alagoas em 2026.

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