A amargura de uma vitória que esteve próxima.
O ASA e Atlético-GO ficaram no 1 a 1 no tempo normal em partida válida pela primeira fase da Copa do Brasil. Nos pênaltis, o Dragão venceu por 6 a 5 e conquistou a vaga para a próxima fase.
O prognóstico do favoritismo do time goiano ficou apenas na teoria. Na prática, o jogo foi outro.
Ranielle Ribeiro, técnico do ASA manteve seu padrão tático e manteve o seu sistema 4-2-3-1 variando para o 4-3-3. A diferença foi a dinâmica de movimentação ofensiva, uma vez que Thiago Alagoano foi ausência na partida.
Sem o camisa 10, o ataque alvinegro teve Zé Arthur pelo lado esquerdo, fazendo o "pé invertido", assim como Keliton pela direito e Júnior Viçosa centralizado.
A variação deu mais velocidade pelas pontas. Inclusive, pode ser uma alternativa para ser utilizada no restante da temporada. Com dois extremos mais "velocistas" a movimentação de ataque à profundidade faz com que o adversário recue um pouco mais para defender as costas da defesa.
O ASA esquilibrou as acções no meio de campo - sendo superior em vários momentos. Tibiri, Bigode e Sammuel (em meu ponto de vista melhor do jogo), conseguiam iniciar, progredir e circular bem o jogo aumentando assim o nível de criatividade do time alvinegro.
A equipe conseguia sair bem através de transições rápidas e verticalidade para chegar ao campo ofensivo. No segundo tempo, especialmente, o ASA conseguiu chegar bem pelos corredores e criou boa situações de gols.
O Atlético-GO utiliza um mecanismo que busca colocar muita gente no campo defensivo do adversário. A iniciação das jogadas começam com uma saída de três, os laterais avançam, os pontas ficam mais espetado e cria-se basicamente um 2-3-5 a partir do jogo de sustentação.
A ideia é gerar superioridade numérica na zona da bola para que as tabelas e aproximações aconteçam.
No entanto, o sistema defensico do ASA conseguiu bloquear praticamente todas essa movimentação. Além de toda a consistência e aplicação tática, o time de Ranielle Ribeiro fez uma marcação de bloco médio/baixo e alternava na última linha com quatro e cinco jogadores, montando primeiro uma duas linhas de quatro (4-4-2), alternando com uma de cinco (5-4-1).
Essa ação defensiva mais compacta serviu para bloquear os corredores e preencher o setor de meio, na rente da área. O Atlético-GO pouco produziu e, sobretudo, os jogadores de meio-campo foram poucos participativos na partida.
A parada poderia ser liquidada no tempo normal. O ASA teve chances para isso na segunda etapa. Mas aí, vieram as penalidades máximas. E mais uma vez faltou capricho, eficiência, assetividade e cautela para conseguir vencer a disputa.
Apesar da eliminação, o time arapiraquense mostrou um alto grau de competitividade, mais consistência e consquentemente evolução. A alta performance coletiva potencializou o aspecto individual. Aspectos que podem trazer consolação para o torcedor.
O nível de apresentação subiu mais uma vez. E com isso, os jogadores terão a responsabilidade de manter o que vem sendo feito. A derrota é dolorosa, mas o processo evolutivo parece que começa a ficar mais evidente.
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