Algo costumeiro, mas pouco proveitoso.
Escrevo mais uma vez sobre uma prática que é e se tornou habitual no futebol há anos. Um ponto de vista que não é verdade absoluta, deixando bem claro para que não hajam interpretações distorcidas. E talvez seja uma das opiniões que eu jamais flexione ou mude. Uns vão concordar e outros não. E está tudo bem.
A diferença no futebol entre um time profissional (seja ele qual for) e uma equipe amadora é categórica e evidente. Os níveis são completamente diferentes. Em todo e qualquer aspecto: tático, técnico e, principalmente, físico. A análise é feita de forma geral e não direcionada. Logo, indeferem os atores das situações.
Em outras palavras, poderia ser o ASA, Cruzeiro, CSE, CRB, CSA etc. A tese seria a mesma.
Não há nenhuma margem para comparativos de situação ou condição. É utópico imaginar que os graus possam se equiparar. Com todo respeito que tenho com os times amadores. Inclusive, desde que estou na imprensa esportiva sempre busquei valorizar e levantar a bandeira do segmento. Mas não dá.
Uma equipe amadora pode ser forte, ter bons jogadores e desempenhar um bom futebol. Vemos isso acontecer diariamente. Mas são propriedades e atributos em padrões equivalentes - amador versus amador.
No entanto, há inferioridade entre os dois aspectos e propriedades.
Amistosos desde tipo são realizados desde que a bola é bola por aqui. De certa forma se criou uma tradição. Mas há de se entender que os tempos não são mais os mesmos. Que tudo evolui e segue evoluindo. Inclusive o próprio futebol.
Analisando pelas perspectivas preparativas de um clube profissional para um determinado campeonato, por exemplo, em que agrega ou serve de parâmetro partidas como estas? Especialmente se tentarmos enxergar pela busca de evolução através do alto rendimento.
Não poderia ser bem mais proveitoso um amistoso com um time profissional, contra a própria base (se houver a possibilidade) ou até mesmo um coletivo com tempos semelhantes a uma partida oficial?
É certo que jogadores precisam jogar, tirar o peso da sequência de treinos e ganhar ritmo. Mas para isso é necessário que o grau de dificuldade de um jogo-treino seja semelhante ou compatível com os níveis desejados ou com aquilo que os mesmos enfrentarão na temporada. Entre adversidades e incômodos gerados pelo adversário.
No entanto, o antigo costume continua sendo praticado. Enraizado. Embora ilógico para o padrão atual. Irrelevante e desnecessário como um todo.
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