Foram 21 dias de espera desde a primeira partida na Arena do Grêmio. Uma eternidade para os rubro-negros e tricolores.
Dois dos times que melhor desempenham o "futebol bem jogado" do país, disputando uma vaga na principal competição do continente. São características parecidas e um DNA de conceitos similares.
Em jogos oficiais, Flamengo e Grêmio se enfrentam desde o dia 29/03//1967, uma vitória gaúcha por 2 a 1, no Maracanã, pelo Robertão (campeonato nacional da época). De lá para cá foram 94 jogos. Com 28 vitórias do Rubro-Negro, 34 do Imortal e 32 empates.
Para a decisão de hoje, dúvidas e mistério cercam os ares das duas equipes.
No Flamengo, treino fechado e incerteza. Rafinha e Arrascaeta foram relacionados. Mas só o lateral deve começar jogando. A tendência é que o técnico Jorge Jesus coloque em campo o time que vem jogando, sem muitas surpresas. A provável escalação com: Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari e Filipe Luis; William Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Vitinho; Bruno Henrique e Gabriel Barbosa.
Já no Grêmio, o time sofrerá algumas alterações com relação ao time da primeira partida. Geromel e Maicon retornam, Léo Moura entra na lateral direita. Luan que sofreu uma lesão está fora. Desse modo, o time de Renato Gaúcho deve ir a campo com: Paulo Victor, Léo Moura, Geromel, Kannemann e Cortez; Michel, Maicon e Matheus Henrique; Alisson, Everton e Diego Tardelli.
Lembrando que se o 1 a 1 se repetir, a decisão vai para os pênaltis; 0 a 0, passa o time carioca; empate por mais de dois gols, passam os gaúchos e quem vencer a partida por qualquer placar se classifica.
Uma decisão que será digna do que as duas equipes mostram em campo. O irresistível Flamengo e o copeiro Grêmio. Porém, tudo está em aberto.
Para um jogo como esse, a concentração deve obrigatoriamente está no nível mais alto. Pois, por qualquer descuido e falhas, a vaquinha pode ir dormir. São times, que como eu disse, tem características parecidas.
O time carioca, tem um poder ofensivo enorme. Além das variações de jogadas, mudanças de posições de seus jogadores e equilíbrio de ambas as partes, tanto defensiva, quanto ofensiva. Atrevo-me a dizer, que em meus 28 anos, é o melhor Flamengo que vi jogar. É típico do time que quem gosta de futebol, para para ver jogar.
Do outro lado tem a alma copeira do gremista. Um time que se acostumou com a Libertadores e principalmente, suas decisões. Tem características que não mudam há muito tempo. Do gostar da bola, ter a posse, trocar passes e ter poder de criação (mesmo que não tenha acontecido no primeiro jogo). Além de ser um time entrosado, pelo bom tempo que os jogadores jogam juntos. É outro time que paro para assistir.
Portanto, é sim o Jogo do Ano. A decisão tão esperada, que irá separar os homens dos meninos. Um espetáculo para quem gosta de bola. E que não se mudem as características, pois a expectativa é de um dos mais belos jogos dos últimos anos. E que vença o melhor preparado.
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