Um resultado que entra para a história e estatísticas rubro-negras na Taça Libertadores.
A derrota para o Independiente Del Valle foi a maior do clube brasileiro na competição. Ele que a disputa desde 1981 e tem, até hoje, 16 participações no torneio - que teve sua primeira edição em 1960.
Numa altitude de 2.850m em Quito. E mesmo assim, ela não foi o maior e principal algoz do time brasileiro. A derrota vexatória veio mesmo na bola. Um placar soberano que poderia ter sido mais amplo, inclusive. Contra um time com menos tempo de atividade, após a parada por conta da pandemia.
De um lado, um time com variações e infiltrações; agressivo, técnico, rápido, compacto e com um poder de controle de jogo incrível - o Independiente. Do outro, uma equipe apática, sem nenhuma harmonia, descompassada e desorganizada - o irreconhecível Flamengo.
O time equatoriano tem como característica a marcação alta. Isso aconteceu na maior parte da partida. Ou seja, adianta-se as linhas, pressiona o adversário e tira a possibilidade de início das jogadas. Estratégia que fez o Flamengo perder o que tem de melhor, a posse e controle das ações.
Além de todos os pontos positivos dos equatorianos, o time brasileiro mostrou falhas - principalmente no meio de campo. O setor não encontrou o espaço ideal para adiantar suas linhas de marcação. Ficando espaçado e dando campo para o adversário. A tranquilidade para a saída de jogo do Del Valle foi nítida.
Fatores que permitiram as movimentações e flutuações dos jogadores de meio do time equatoriano.
Um desempenho terrível. Para mim, um dos piores, se não o pior jogo rubro-negro após o ápice de 2019. Nada funcionou na equipe. Nem a parte coletiva e muito menos a individual. Foi presa fácil e de natural domínio. Um verdadeiro nó tático, técnico e qualquer outro aspecto possa definir o jogo. Vexame total!
Agora, o time tem duas possibilidades para seguir. Entra em declínio - algo que acho difícil pelo elenco e qualidade que tem - ou acorda para a vida e tenta melhorar o desempenho. Entender que estamos em 2020 e o que foi feito em 2019 já passou. Não dá para se prender a isso e achar que será igual.
Portanto, o baile de bola dado pelo time do bom técnico Miguel Àngel Ramirez, foi totalmente merecido. Amplamente falando. Bateu como um boxeador que leva o adversário às cordas. Foi o que chamamos de "vareio", chocolate etc. Um verdadeiro desastre - para o Flamengo.
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