O futebol não tem exatidão. Nem lógica. E em várias vezes, também não há justiça. Pois se houvesse, ontem teriamos um vencedor.
Mas, antes de falar do jogo em si, vou começar a falar das "polêmicas" desnecessárias, em meu ver, criadas em torno do VAR e do chororô de alguns com relação a alguns lances.
O Flamengo teve três gols anulados. No primeiro, teve uma falta de Gabriel em Kannemman; o segundo e terceiro, impedimentos do próprio Gabriel. Marcados de forma correta.
Mais dois lances geraram discussões. Um possível cartão vermelho para o volante Michel, do Grêmio. Em meu ver, foi um lance normal, onde o jogador perde o tempo de bola e dá o "bote" errado. Não foi diretamente uma jogada maldosa, até porquê seu pé ainda estava no chão. Porém, é algo interpretativo e a expulsão não seria algo absurdo.
E, por fim, o "Fair Play" no lance que acabou em gol tricolor. A reclamação é de que o Grêmio não colocou a bola para fora, enquanto o atleta rubro-negro estava no chão. No entanto, o time carioca teve a posse e a oportunidade de tirar a bola de campo enquanto atacava. Mas não fez. Logo, o adversário não tem a obrigação de fazê-lo, se o próprio time não "socorreu" seu atleta.
Enfim, são reclamações vazias e demasiadas de quem na maioria das vezes usa de clubismo. E o tal do clubismo cega.
Voltando ao jogo...
Um primeiro tempo que teve um dono. Soberano. Superior. O Flamengo. A imposição do rubro-negro foi absurda. Teve posse de bola, variações de jogadas, criou situações e dominou totalmente o jogo. Um verdadeiro "vareio" de bola em cima do Grêmio, que só assistiu o time de Jorge Jesus jogar.
Na segunda etapa, um pouco mais de equilíbrio, mesmo o Flamengo ainda tendo um certo controle da partida, até o gol de Bruno Henrique. A partir daí, a bronca de Renato Gaúcho no intervalo parece que surtiu efeito. Seu time conseguiu trocar passes, ter um pouco mais de posse de bola, mudanças de posições, transições ofensivas e chegar na área adversária. Parada que nem chegou perto, no primeiro tempo. "Voltou ao normal" na verdade. Até que, conseguiu chegar ao empate com gol de Pepê.
Portanto, resumindo a noite de ontem na Arena, se houvesse justiça no futebol, o Flamengo merecia sair vencedor. Pelo que mostrou, apresentou, pela personalidade e imposição que teve. O alto nível técnico beirou o limite. Poderia, inclusive, ter matado a classificação. Mas não o fez e assim deixa a vaga em aberto. Já para o Grêmio, a mudança de postura e atitude para o segundo jogo terão de ser amplas. Caso queira competir de igual para igual. Pois esse empate foi um baita de um lucro.
Foi a primeira parte da história, que já chega, agora, em seu capítulo final. Com data, lugar e hora marcada. Um fim, até a final.
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