29/04/2025 11:18:43
André Avlis
Mais gols em menos jogos: o que mudou no setor ofensivo do ASA?
Alvinegro volta a campo no próximo sábado (3) para enfrentar o Penedense, em Arapiraca
Lucas AuditoreJúnior Viçosa, atacante do ASA

 O que mudou no ataque do ASA se compararmos o Campeonato Alagoano e este início do Brasileiro da Série D?

Aliás, para não reduzir um momento do jogo onde é preciso a participação do conjunto, chamemos esta execução de "ação ofensiva", uma vez que dentro dos movimentos é preciso o envolvimento de todos os jogadores.

No Campeonato Alagoano, o time alvinegro iniciou a competição com dois placares de 0 a 0 e conseguiu marcar seu primeiro gol apenas na terceira rodada. Oscilou em goleadas e pouca efetividade em outras partidas até o fim da primeira fase. Ao todo, no estadual, foram 13 gols marcados (sem contar o W.O) em 11 jogos.

Na Série D, o Gigante já marcou 7 gols em apenas 2 jogos. Uma média absolutamente superior a apresentada no início da temporada. Além disso, uma curiosidade: todos os gols marcados por atacantes.

Mas o que mudou?

A pergunta pode ser complexa, no entanto, é perceptível que o técnico Ranielle Ribeiro conseguiu junto dos seus atletas achar soluções para sair da previsibilidade de apenas jogar pelo lado direito ou utilizar a bola longa nas iniciações das jogadas.

Mesmo mantendo sua estrutura tática no 4-2-3-1, o alvinegro consegue dentro do mesmo modelo de jogo produzir outras dinâmicas de movimentos.

Pude perceber que a força pelo lado direito continua, contudo, com um "novo" movimento: Paulinho faz o movimento por dentro para gerar igualdade numérica na última linha, Keliton se mantém ainda mais espetado no corredor e Sammuel aproxima para que haja superioridade na zona da bola.

Além disso, houve um equilíbrio nas ações. Agora, pelo lado esquerdo, após os inícios das jogadas, nota-se que Fabrício Bigode cai mais pelo lado esquerdo para auxiliar com o jogo apoiado, tendo Tibiri na sustentação para gerar, também, preenchimentos de espaços.

Este movimento faz com que Charles tenha liberdade para avançar e Thiago Alagoano a possibilidade de fazer o jogo de fora para dentro, auxiliando assim na fase da construção das jogadas pelo meio e se aproximando de Júnior Viçosa.

O repertório aumentou. Além dos movimentos pré-definidos já utilizados, como a bola longa com inversão para quebrar o balanço defensivo do adversário, o jogo pelos corredores na transição ou a busca pelo jogo de pivô para que o time possa se aproximar em progressão.

Não é acaso, casualidade ou aleatoriedade. São soluções, correções e ajustes táticos trabalhados, promovidos e executados. Além de outro fator não menos importante: a eficiência nas definições.

Neste início de nacional é perceptível o desenvolvimento do time. Ainda assim, é fundamental a busca por mais evolução para que quando a natural oscilação acontecer, não exista permanência de maus momentos.

Mas uma coisa é certa: aconteceram mudanças significativas.

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