
Prometeu e cumpriu.
O Palmeiras precisava fazer um jogo perfeito para reverter o 3 a 0, de um vareio de bola que tomou naquele primeiro tempo em Quito.
Uma missão que beirava impossível. Certamente seria, menos para este Palmeiras de Abel Ferreira. O treinador ao fim daquele desastre no Equador prometeu uma noite mágica no jogo de volta e ainda afirmou que 90 minutos era tempo demais no Allianz Parque. Um presságio.
Para o jogo em casa, Abel mudou a estrutura tática do time e fez substituições. O Palmeiras estava montado num 4-4-2 que dentro das variáveis se tornava 3-3-4 3 um 3-2-5. Bruno Fuchs era o zagueiro pela direita, Allan o ala que se tornava ponta no momento com a bola pelo lado direito e Sosa o outro ponta pelo lado esquerdo.
AInda dentro destas ideias, Andreas Pereira e Maurício centralizavam por dentro no meio-campo; e Flaco Lopez voltou a fazer a função de um atacante-armador, deixando Vitor Roque mais adiantado para buscar a profundiade e as costas da defesa.
A ideia era ter dois jogadores abertos pelas extremidades para alargar o campo, mas que também tivessem características do jogo por dentro. Assim, o time alviverde gerava amplitude para desquelibrar a defesa adversária e também acionava o jogo de aproximação por dentro.
O time equatoriano foi escalado com três zagueiros e três volantes no sistema 3-5-2. Na fase defensiva, utilizava uma linha de cinco para montar o 5-4-1. Por isso, o Palmeiras precisou de velocidade para fazer o jogo girar e consequentemente, balançar a defesa equatoriana.
Sem a bola, o Palmeiras tinha as figuras dos três zagueiros, no entanto, diferente do habitual, Piquerez não fechava na última linha defensiva. O lateral-esquerdo fechava por dentro para perseguir um dos meio-campistas da LDU e Sosa, o ponta, bloqueava o corredro para inibir as ultrapassagens do ala equatoriano.
O Palmeiras encaixotou, anulou e controlou o time do técnico Tiago Nunes desde o início do jogo. De forma impressionante - mas não surpreendente -, tudo que Abel Ferreira montou e imaginou para o jogo foi bem executado. O alviverde voltou a ser um time intenso, consistente, ocupou todos os espaços, dominou todos as ações e foi letal.
A equipe brasileira teve um alto nível de performance em todos os aspectos, coletivo e individual, técnico e tático. Um desempenho colossal. Assim, tudo que Abel Ferreira prometeu, ele fez. E se tem alguém responsável por esta vitória épica no Allianz Parque, é o português. Um técnico que fez o impossível se tornar possível numa noite memorável de Libertadores.

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