Tinha ou não tinha? Eis a questão.
Um trocadilho utilizando o poema Hamlet, de William Shakespeare, para tentar entender ou assimilar todo o episódio envolvendo o retorno da delegação do Cruzeiro para Arapiraca, depois da disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
O clube ganhou visibilidade e bastante evidência no cenário nacional e internacional após uma ação brilhante de marketing. Talvez uma das melhores estratégias do segmento de um time que já disputou a competição.
Segundo pude apurar, após o primeiro jogo e depois de todo o destaque, o prefeito da cidade de Itaquaquecetuba se reunião com a delegação e diretoria, conheceu a história do clube e também tomou conhecimento sobre quais os meios utilizados pelo Cruzeiro para disputar o torneio.
Foi a partir disso, de acordo com uma fonte diretamente ligada ao estrelado, que o político e alguns empresários de Itaqua ofereceram o auxílio para que todos os integrantes do time arapiraquense retornassem para Arapiraca em um ônibus mais confortável - um vídeo nas redes sociais do prefeito da cidade paulista e do Cruzeiro explica a ação.
No entanto, ainda conforme conseguimos levantar, a empresa arapiraquense que cedeu o ônibus para a viagem dos garotos foi informada sobre o cancelamento do deslocamento de retorno. Isto significa que a logística estava organizada para a ida e a volta. Contradizendo as palavras do governante da cidade paulista.
Então, tinha ou não tinha?
A verdade é que o silêncio da diretoria do Cruzeiro transparece que o clube está sendo permissivo com esta situação duvidosa. Não que eu esteja apontando ou direcionando algo.
É preciso ter transparência e clareza em circunstâncias como esta para que a situação não fique apenas no campo das suposições. Pois a partir de uma fala colocada - de forma intencional ou não - abre-se margem para teorias, que tornam-se deduções individuais e que transforma-se num senso comum, seja ele positivo ou negativo.
Tratar este assunto com passividade, leva a crer que o clube pode ter agido com irresponsabilidade, levando ao descrédito à própria instituição. Até porque foram pais e mães que ficaram em casa para que seus filhos "ganhassem o mundo", sob a tutela do Cruzeiro, para realizar seus sonhos.
Portanto, acredito que a diretoria celeste precisa, obrigatoriamente, se pronunciar e prestar esclarecimento sobre o ocorrido. Caso contrário, o ar de desconfiança e descrença continuará pairando. Sem parar.
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