Uma mudança necessária.
Após a CBF anunciar a demissão de Dorival Júnior nessa sexta-feira (28) do comando da Seleção, ganha força nos bastidores a possibilidade de um técnico estrangeiro assumir o Brasil.
O principal nome é o do português Jorge Jesus, atualmente treinador do Al-Hilal. Segundo informações já houve contato entre CBF e JJ, com as conversas sendo bem encaminhadas. O único pedido do técnico é ficar no clube saudita até o fim da Champions League da Ásia, no dia 3 de maio.
Caso haja um acerto entre as partes, engana-se quem acha que Jesus será o primeiro técnico estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira.
Três treinadores de fora do país já comandaram a Brasil em campo: o uruguaio Ramón Platero, em 1925; o português Joreco, em 1944; e o argentino Filpo Nuñes, em 1965, quando o Palmeiras representou o Brasil em um amistoso contra o Uruguai.
A realidade da nossa seleção reflete o que é a nossa confederação: uma enorme desordem.
O ciclo para a Copa de 2026 é um desastre. Após Tite anunciar, antes do Mundial de 2022, que não seria mais o técnico do Brasil, a CBF não teve o mínimo de planejamento para a contratação de um novo técnico.
Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, parece que estava muito mais preocupado com sua reeleição do que com o andamento de um projeto. Sonhou com Carlo Ancellotti e viu a camisa amarelinha se tornar chacota por esperar o que não se tinha esperança.
Teve Ramon Menezes como interino, depois ainda mais interino, Fernando Diniz, que se dividia entre a Seleção e o Fluminense. Agora, o que já teve fim, o trabalho de Dorival Júnior.
Além do problema em campo, existem os transtornos fora dele. Foram três anos e meio jogados fora por pura desorganização.
O técnico que chegar terá um grande desafio. Encontrará um time desorganizado, bagunçado, com poucas variações táticas e refém da individualidade. Será preciso fazer com que jogadores que vão bem no clube, consigam performar e potecializar suas valências também na Seleção.
Porque, pensem comigo: se a maioria dos titulares do Brasil são destaques e pilares de seus respectivos clubes, mas não conseguem ter um bom rendimento na seleção, este fator é tático. Logo, é trabalho do treinador.
Eu sempre fui mais adepto de ter um brasileiro treinando a Seleção, mas vejo que este é o momento para as objeções e resistências acabarem. Pelo bem do Brasil.
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