16/07/2021 09:02:35
André Avlis
Partida entre Flamengo e Defensa y Justicia com público deve abrir precedentes
Confronto que seria no Maracanã, acontecerá no Mané Garrincha, em Brasília. Nesta quinta-feira, a Conmebol confirmou a a mudança. Novo decreto do Distrito Federal permite 25% de público em eventos esportivos.
Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Algo que parecia utópico - até recentemente - acontecerá.

O jogo entre Flamengo e Defensa y Justicia, válida pelo confronto de volta das oitavas de final da Taça Libertadores, será no Mané Garrincha. Nesta quinta-feira (15), a Conmebol confirmou a mudança do Maracanã para o estádio em Brasília.

A partida deve contar com mais uma novidade: o público. Uma vez que foi publicado, também nesta quinta-feira, no Diário Oficial do Distrito Federal, a mudança no decreto que permite 25% de público na partida (cerca de 15 mil torcedores).

De acordo com o secretário da Casa Civíl do Distrito Federal, Gustavo Rocha, os torcedores precisam comprovar que completaram a imunização contra a covid-19 e que não estão com a doença. Assim, poderão entrar no ou nos estádios. Além disso, apenas maiores de 18 anos podem assistir o evento, a presença de gestante não será permitida e deve ser respeitada a distância mínima entre torcedores.

O Brasil está longe do "controle definitivo" da pandemia do novo coronavírus. Embora os números estejam baixando por conta da vacinação. Por exemplo, infelizmente, apesar da queda na média móvel, são em média 1.244 mortos por dia pela doença. Ou seja, estamos muito longe da normalidade.

A diretoria do Flamengo - estando em seu direito - usará o artifício e a prerrogativa que permite, além da transferência de local, a possibilidade de contar com sua torcida. Mesmo que de forma, ainda, remota.

No entanto, algumas indagações surgem. E os outros clubes? E se todos o outros (Palmeiras, Internacional, Fluminense, Atlético-MG e São Paulo) acionarem, também, tal prerrogativa? Apenas um será "beneficiado"? Será que é algo justo?

É bem verdade que tal "vantagem" acontece devido a um decreto estadual. Uma vez que no Brasil não há homogeneidade neste aspecto. Até pelo fato das diferentes situações em regiões e estados. Contudo, é algo fora do normal.

Se eu concordo com tal decisão? Não. Continuo com minha opinião de que agora não é hora - muito pela horrível situação que ainda vivemos. Independente do clube, competição ou situação, é algo ilógico e incoerente. Mas, uma coisa é certa: será um episódio que abrirá precedentes.

Deliberar algo do tipo, é acionar automaticamente o senso de "busca por igualdade". Ou seja, é aquilo de "se fulano pode, por que eu não?". Com toda vaidade, interesses e egoísmo que existe no futebol, será algo quase que iminente.

Portanto, são mais favas contadas e bolas cantadas de quem não pensa só na bola. Típico de um país bagunçado e caótico. Tão quanto o futebol que é organizado por quem tem em seu DNA a desorganização e a desordem.

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