Teoria e prática não estão andando em sintonia quando se fala em Seleção Brasileira.
Philippe Coutinho foi cortado, ele que vem recuperando seu bom futebol, por conta de uma lesão muscular. O meia do Barcelona será substituído por Lucas Paquetá, do Lyon. O jogador estará junto da rapaziada que enfrenta a Venezuela, no Morumbi, dia 13 de novembro e o Uruguai, no dia 17 do mesmo mês, em Montevidéu.
Seria uma troca normal, se não fosse as divergências que pairam sobre as declarações de Adenor Leonardo Bachi - o Tite.
Antes de tudo, vale ressaltar algo - inclusive que já postei aqui. Para mim, Tite é um dos melhores técnicos que o Brasil já produziu. Em termos de desempenho, números, metodologia e principalmente títulos. No entanto, peca em discursar algo e praticar outro.
Em suas convocações e explicações - às vezes vazias - ele fala muito em meritocracia, ou seja, merecimento. Cita também que jogadores devem estar em bons momentos em seus respectivos clubes para serem convocados. Porém, quando tem a oportunidade de por tudo isso em prática, faz o contrário - traindo suas próprias palavras.
A convocação de Paquetá escancara mais uma vez a discordância de ideias e conceitos do técnico. Como se a seleção vivesse em um paradoxo - um exemplo de alta contradição. Tais atitudes, aliadas a tudo o que envolve, sobretudo, a CBF, faz com que o afastamento do torcedor torna-se eminente e talvez irreversível.
Uma observação pode também ser feita, para não ser injusto. Não é por ser o Paquetá, inclusive, outros jogadores foram convocados, tiveram continuidade e longevidade na 'Era Tite' sem nenhum merecimento - pelo desempenho.
Portanto, torna-se até um assunto clichê. Mas é preciso ser posto em pauta. Principalmente quando se fala em um técnico de Seleção Brasileira. Esse mesmo técnico que errou mais uma vez.
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