Perder seu principal jogador é ruim, lógico. Contudo, a seleção brasileira na 'era Tite' tem bons números sem Neymar.
Após exame realizado na noite desta quinta-feira (12), Neymar foi cortado. Diagnóstico apontou que o jogador não conseguirá se recuperar de uma lesão no musculo adutor da perna esquerda a tempo de enfrentar o Uruguai, na próxima terça-feira. Sua ausência de hoje contra a Venezuela, já era sabida - partida acontece no Murumbi, às 21h30 (horário de Brasília).
Para o jogo de hoje contra os venezuelanos, o técnico da seleção deve colocar em campo: Ederson; Danilo, Marquinhos Thiago Silva e Renan Lodi; Allan, Douglas Luiz e Everton Ribeiro; Gabriel Jesus, Richarlison e Roberto Firmino.
O números de Tite no comando da seleção, sem Neymar, são excelentes. Foram 17 jogos; 12 vitórias, 3 empates, 2 derrotas e um aproveitamento de 76,5%. No aspecto total, em toda a história do craque na seleção, sem ele em campo, são: 35 jogos; 22 vitórias, 6 empates, 7 derrotas e um aproveitamento de 68,5%.
Mas o que muda na seleção brasileira sem Neymar?
Um dos principais pontos, em meu ver, que torna-se virtude, é o jogo coletivo - sem sombra de dúvidas. Quando se tem um jogador do nível do Neymar é atribuído a ele a tarefa de decisão - pelo fato do seu poderio individual. Algo que de forma indireta e muitas das vezes inconsciente, deixa o restante dos jogadores "ofuscados".
Mudando tal pensamento e fortalecendo a coletividade o time ganha, certamente, outro aspecto. Principalmente porque acontece outra situação: a divisão de responsabilidade.
Fator que faz o jogador extrair o máximo de si. Em termo táticos e principalmente técnicos. Por exemplo, isso foi mostrado na última Copa América, que o Brasil venceu. Onde a seleção foi um time organizado, com liberdade, intenso, agressivo e uniforme. Tendo em seus setores a harmonia necessária, elevando assim os níveis técnico e tático.
Portanto, é ruim perder seu principal jogador? Sim, lógico. No entanto, a seleção brasileira tem totais condições de superar tal ausência. Pela qualidade individual, que torna-se virtude coletiva. Os números e o desempenho falam por si só. E volto a repetir: na América, não existe seleção que ponha medo no Brasil - aqui somos soberanos.
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