
Ainda há vaga?
Talvez esta seja uma das perguntas mais recorrentes quando o assunto é Seleção Brasileira, especialmente nesta etapa do ciclo com o técnico Carlo Ancelotti.
O camisa 10 ainda não foi chamado pelo técnico italiano. Algumas convocações por estar lesionado, outras - as últimas - por não estar no 100% de sua capacidade física.
Em entrevista, o próprio 'Carleto' afirmou esta condição. Além disso, reforçou em uma declaração que ainda restam seis meses para a lista final, dando a entender que o jogador tem este prazo para estar em sua plenitude física.
Mas onde Neymar se encaixaria no modelo de jogo do treinador?
Quando trata-se de talento, poder de decisão e impacto técnico, não se discute Neymar. O que o jogador faz e consegue produzir quando está em seu 100% é incontestável. Mas ele precisa estar nesta condição.
Ancelotti adotou o 4-2-4 como sistema e modelo de jogo. Uma linha de quatro, dois volantes que dão a sustentação, dois pontas de "pé invertido", um atacante/armador e um atacante de mais mobilidade sem ter a função de ser o camisa 9 de referência.
Neste caso, em aspecto de escalação, a atual linha de ataque conta com Vini Jr, Rodrygo, Matheus Cunha e Estêvão.
A ideia é ter um ataque mais móvel, com variações de movimentações e repertório ofensivo. Além da criação de espaços para a busca pela profundidade. Tornou-se um setor mais intenso, dinâmico e que também funciona bem na fase sem a bola. Isso porque na fase ofensiva, os jogadores fazem o perde pressiona, recompõem em velocidade e conseguem compactar linhas para fechar os espaços do advesário.
Há algum tempo, bem antes do Santos, Neymar deixou de ser aquele ponta-esquerda que jogava apenas pela beirada sendo o jogador "arco e flecha" - quem prepara a jogada e finaliza.
O camisa 10 do Santos hoje tem uma função mais centralizada, vindo de trás, aumentando seu campo de ação. Tendo assim, a função de armador/articulador - sem perder sua veia ofensiva. Além de também, por jogar mais por dentro ou avançado, conseguir executar a função de 'falso 9'.
Por isso, entendamos que, o atleta mudou de função, mas manteve suas características.
Partindo então deste pressuposto, o camisa 10 "brigaria" no time titular com Rodrygo e/ou Matheus Cunha.
Existe um fato em meio a todos estes questionamentos e dúvidas: Neymar é um extraclasse. Estando em suas plenas condições físicas, sabemos de toda a sua capacidade. Mas ele precisa estar neste quadro. Por isso, estando, é evidente que o camisa 10 estará na Copa de 2026.
Até porque seria maluquice de Ancelotti, deixar um craque (que esteja 100%) fora de uma lista final.

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