Sem definição, imbróglios, várias dúvidas e pouca visibilidade.
Prestes a começar, a Série D vive o mesmo dilema de anos anteriores: quem vai ter direito de transmitir o campeonato?
A primeira rodada da competição acontece nos dias 19 e 20 de abril. Será o pontapé inicial dos 64 clubes postulantes ao acesso à Série C 2026.
O formato se mantém. A primeira fase é disputada com oito grupos de oito equipes; a segunda fase abarca os 32 classificados; posteriormente as fases são em sistema de mata-mata: oitavas, quartas, semis e finail. Quatro equipes garantem o acesso para a Série C.
Mas voltemos a falar sobre as transmissões.
A CBF concede para cada clube uma cota por participação de R$ 458 mil e auxílios de logística - cada equipe terá direito a 30 pessoas nas delegações em viagens com tudo bancado pela confederação.
Através desta cota, a instituição detém os direitos de imagens de cada equipe e também de transmissão. No entanto, a grande questão é que não houve entendimento financeiro com emissoras e streamings interessados na compra geral destes direitos.
Caso as equipes queiram negociar diretamente com as empresas de comunicação para transmitirem seus jogos, cada clube abre mão das cotas e auxílios da CBF. Tendo assim, total autonomia nas suas transmissões.
Ou seja, dificilmente um time de Série D vai ter esta ação.
Então, o que pode ser feito?
Existem algumas alternativas: na TV aberta, alguma emissora transmitir jogos de interesse local; a CBF vai acompanhar os jogos em seu streaming (sem imagem).
Há também a possibilidade de acontecer o que aconteceu, especialmente na temporada 2024, quando os clubes acionaram a "lei do mandante".
Isto é, o clube transmitir seus jogos em casa através de seus canais oficiais (geralmente no Youtube). Assim, cada equipe interessada poderia negociar com empresas de comunicação para ter o que podemos chamar de "parceria".
Nada ainda foi definido ou concretizado. A esperança é que a "lei do mandante" seja acionada para que os torcedores não fiquem às cegas. O que seria mais um atenuante diante de uma divisão pouco relevante em termos de investimentos.
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