Que lição pode-se tirar da eleição de Luiza Júlia para prefeita de Palmeira dos Índios? A primeira é que Palmeira vive numa crise de liderança sem precedentes na sua história.
Com a morte do líder popular Helenildo Ribeiro, abriu-se um vácuo político em nosso município, surgindo agora o atual prefeito Júlio Cézar, que, após uma excelente administração, conseguiu, numa estratégia política espetacular, eleger uma desconhecida (politicamente) para ocupar o cargo mais importante do município.
Sua candidatura, no início, não foi caso pensado. Júlio foi testando os pretendentes, um a um, media aceitação e rejeição, até entender que seu apoio era fundamental para vencer a barreira da oposição ao seu governo.
Como no país a população está envelhecendo, e, o ritmo do envelhecimento é maior do que o do nascimento, pode-se concluir que um candidato amadurecido teria mais credibilidade do que um da juventude, visto que, os eleitores acima de 30 anos são mais numerosos.
Portanto, este dado também deve ser levado em conta. Mas, o fato da candidata ter sido apoiada pelo prefeito, cuja aceitação popular supera a 80%, foram ingredientes importantes para sua vitória.
É inegável que a boa administração de Júlio, comparada a rejeição do ex-prefeito James Ribeiro, deram o tom necessário para o sucesso da eleição de Tia Júlia. Além de tudo isto, a sorte e a expertise na condução da campanha foram combustíveis indispensáveis para a vitória.
Tia Júlia jamais teria sido eleita, sem o apoio e o trabalho de seu sobrinho Júlio Cézar, o pop star do momento.
Júlio elegeu sua tia, como poderia eleger outra pessoa. Contudo, escolheu alguém de sua confiança para dar continuidade a seu projeto político. Em tese ela é a única pessoa com os atributos indispensáveis para o seu crescimento pessoal e político.
O tempo dirá se sua estratégia está correta. Como a Tia Júlia já é madura e experiente, é provável que a virtude da gratidão seja um sentimento presente em sua vida.
Francisco de França - advogado.
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