Foto/Reprodução: Aventuras na HistóriaJúlio César - Ditador Romano A história de Roma é vasta e abrange mais de mil anos, desde a sua lendária fundação em 753 a.C. até a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C. Veja, agora, um um resumo geral dos principais períodos e eventos da história de Roma.
Mapa Mental - Roma Antiga. Autor: Professor Luan Moraes, 2024.
Fundação de Roma
Históricamente, roma surgiu da união dos povos Sabinos, Latinos, Faliscos e Etruscos, na região da Península Itálica, no vale do rio tibre. Segundo a lenda, Roma foi fundada por Rômulo e Remo em 753 a.C. Os irmãos foram amaentados por uma loba, após serem abandonados e mais tarde Rômulo matou Remo, tornando-se o primeiro rei de Roma.
Periodização histórica de Roma Antiga
A história de Roma é comumente dividida em três períodos para facilitar o estudo e a compreensão dos eventos ao longo do tempo. Aqui estão as principais divisões na periodização histórica de Roma:
- Monarquia Romana (c. 753–509 a.C.): Este período abrange desde a lendária fundação de Roma, tradicionalmente datada em 753 a.C., até a expulsão do último rei e o estabelecimento da República.
- República Romana (509–27 a.C.): Inicia-se com a criação da República após a expulsão do último rei e estende-se até a ascensão de Otavio (mais tarde conhecido como Augusto) como o primeiro imperador, marcando o início do Império Romano.
- Império Romano (27 a.C. - 476 d.C.): Este período começa com a ascensão de Augusto ao poder e a formação do Principado. Durante a Pax Romana, o império atinge seu auge territorial e estabilidade interna. Após o apogeu, tem início do Dominato, período marcado pela crise do Terceiro Século (235–284): Uma fase de instabilidade caracterizada por guerras civis, ameaças externas e divisões no poder. Este período abrange o declínio do Império Romano e a fragmentação do governo central.
Crise de formação do Império Bizantino
- Tetrarquia e Reformas (284–337): O imperador Diocleciano implementou reformas administrativas e introduziu a Tetrarquia, dividindo o império entre quatro líderes. Constantino I, mais tarde, unificou o império e mudou a capital para Constantinopla
- Império Bizantino (c. 330–1453): A divisão final do Império Romano ocorreu com a ascensão de Constantino I e a fundação de Constantinopla. O Império Bizantino, também conhecido como Império Romano do Oriente, continuou por mais de mil anos até a queda de Constantinopla em 1453.
- Queda do Império Romano do Ocidente (476): O Império entrou em colapso devido a pressões externas, como invasões bárbaras, e problemas internos, como corrupção e instabilidade política. O último imperador romano do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto em 476, marcando o fim convencional do Império Romano do Ocidente. O Império Romano do Oriente, conhecido como Império Bizantino, continuou a existir por vários séculos até a queda de Constantinopla em 1453.
Cristianismo: de religião perseguida a fé majoritária
A transformação do cristianismo de uma religião minoritária para a religião oficial do Império Romano foi um processo gradual que ocorreu ao longo do tempo. Veja alguns dados desse processo:
- Édito de Milão (313): O imperador Constantino I e seu coimperador Licínio emitiram o Édito de Milão, que concedia liberdade religiosa aos cristãos no Império Romano. Isso marcou o fim das perseguições sistemáticas aos cristãos e permitiu que a religião florescesse.
- Concílio de Niceia (325): Constantino convocou o Primeiro Concílio de Niceia para abordar questões teológicas dentro do cristianismo, principalmente a controvérsia ariana. Este concílio ajudou a estabelecer uma doutrina cristã mais uniforme e a fortalecer a posição do cristianismo no império.
- Conversão de Constantino (312-324): Segundo a tradição, Constantino converteu-se ao cristianismo, especialmente após sua vitória na Batalha da Ponte Mílvia em 312. Ele atribuiu seu sucesso à ajuda divina cristã e, como resultado, tornou-se um patrono ativo do cristianismo.
- Fundação de Constantinopla (330): Constantino transferiu a capital do Império Romano para Bizâncio, que foi renomeada Constantinopla (atualmente Istambul). Essa mudança favoreceu o cristianismo, já que a nova capital foi estabelecida como um centro cristão e se tornou uma importante sede eclesiástica.
- Édito de Tessalônica (380): Os imperadores Teodósio I, Graciano e Valentiniano II emitiram o Édito de Tessalônica, também conhecido como Cunctos populos, estabelecendo o cristianismo como a religião oficial do Império Romano. Esse édito declarou que o cristianismo trinitário ortodoxo (catolicismo) era a religião oficial e obrigatória para todos os súditos romanos.
Assim, ao longo do século IV, o cristianismo passou de uma fé perseguida para a religião oficial do Império Romano. A conversão de Constantino, o apoio estatal e a promoção ativa do cristianismo por parte dos imperadores foram fatores-chave nesse processo. Essa mudança teve um impacto significativo na história do cristianismo e na evolução do Império Romano, bem como no estabelecimento da Igreja Católica Apostólica Romana.
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