06/09/2019 11:51:05
Valdenice Guimarães
Considerações sobre a palestra da Psicóloga Valdenice Guimarães

Enquanto Psicóloga de Referência do Município de Olho D’Água Grande- AL, ter participado da palestra: ”Aplicabilidade de Estratégias Comportamentais na Educação Inclusiva” facilitada pela Psicóloga e Historiadora Valdenice Guimarães, sem dúvidas, foi mais que um presente. Sua didática e desenrolar das problemáticas que nos assolam no campo da educação foram de extrema delicadeza e comprometimento com o público em foco: as Pessoas com Deficiência. Foi nela que tanto eu, quanto os meus colegas, demais profissionais, tivemos uma maior clareza de que a inclusão acontece quando a pessoa se sente parte do processo, se sente autora de sua própria história.

O evento ocorrido nesta ultima sexta-feira dia 30 que foi promovido pelo Centro de Atendimento Especializado e Educacional- CAEE em alusão à Semana da Pessoa com Deficiência contou com uma programação curta, mas assertiva. As palestras tinham a função de passar a nós profissionais perspectivas a respeito do acolhimento e possibilidades na inclusão escolar. A partir desse mote vimos a oportunidade de sanar dúvidas e compartilhar informações que pudessem romper as fronteiras de nossos municípios e chegar a quem é de direito.

Em minha prática, trabalhando em prol de garantir e proteger os direitos das pessoas em condições de vulnerabilidade social, crianças, idosos, mulheres e principalmente Pessoas Com Deficiência (PCD), visualizo este como o público de maiores complexidades. Um público que além dos seus impedimentos físico, intelectual, sensorial, e mental, como dita a lei, ainda precisa romper com barreiras, estruturais e/ou sociais, e até mesmo de metodologias ultrapassadas que focam em trabalhar com a pessoa com deficiência de forma limitada e pouco objetiva.

Trabalhar para garantir uma verdadeira inclusão como rege o Estatuto da Pessoa Com Deficiência que dita que haverá inclusão quando estiver assegurado e promovido, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais visando a sua inclusão social e cidadania (Lei nº 13.146/2015) tem se tornado um desafio diário para as políticas públicas que objetivam efetivar esse trabalho.

Na palestra Valdenice nos ensinou que para que as ações, sejam elas públicas ou privadas, se efetivem precisamos sair do macro para o micro e enxergar de forma detalhada os pré-requisitos necessários para que cheguemos aos nossos objetivos. Além das deficiências nas estruturas arquitetônicas e humanas precisamos analisar as variáveis envolvidas no processo de ensino-aprendizagem considerando os determinantes comportamentais que regem as relações humanas de cada indivíduo envolvido.

Mais que qualquer outro ensinamento, aprendi que devemos contemplar a diversidade como oportunidade de desenvolvimento. E programar a metodologia de ensino torna-se essencial para que a educação, de fato, se constitua um direito assegurado e que alcance o desenvolvimento de habilidades comportamentais necessárias à sobrevivência. Agora como analista e colega de profissão devo dizer que aprendi com você, Valdenice, que o sonho de um dia não precisar mais falar sobre inclusão torna-se possível a cada dia que profissionais como você trabalham com o verdadeiro compromisso de mudar vidas, de incluir.

De sua amiga e aprendiz Francielle Dias, Psicóloga Analista Comportamental do Centro de Referência Especializado em Assistência Social – CREAS de Olho D Água Grande -AL

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