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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 26/09/2019 08:23 | Atualizada em 26/09/2019 10:00

ASA: Cobrar quem comanda o clube, sim. Mas quem só "corneta" está ajudando em quê?

Em meio ao mês de aniversário do clube, vários questionamentos estão sendo feitos, com relação a situação atual.

Cobrar. Reclamar. Exigir.

Um clube que vive a pior fase de sua história. Em todos os aspectos. Do futebol ao financeiro. Principalmente o segundo citado.

Mas, minha pergunta é: quem só reclama e "corneta" está ajudando em quê?

Antes de tudo, vou citar alguns exemplos, até para ilustrar essa postagem. E sim! Estou falando da torcida ou parte dela, para não generalizar.

Nos últimos dias nós acompanhamos o amor incondicional de torcedores por um clube, o Figueirense. O time que já decretou W.O, teve greve de jogadores, vive uma crise financeira ferrenha, guerra na diretoria e está a beira do precipício. Porém, na última partida, sua torcida elevou o sinônimo de amar um time de futebol. De não abandonar, deixar de lado. Independente de quem esteja no comando.

Num passado um pouco mais distante, vimos em Recife, uma torcida reerguer um clube depois de várias quedas. O Santa Cruz.

Ainda aqui mais perto, em Maceió, outro episódio aconteceu. O CSA, que chegou a cair para a segunda divisão estadual, ficar sem calendário e chegar no real fundo do poço, nunca ficou desamparado pela massa azulina. Então, esses são exemplos de que, o amor é pelo clube e não pelas pessoas.

Três exemplos de outros vários que existiram. Do não abandono. De ir no bom e no ruim. Na alegria e na tristeza (principalmente na tristeza). Mas em Arapiraca parece ser diferente.

As desculpas são várias, tipo: "Com esse time eu não vou ao estádio", "Com essa diretoria eu não quero nem saber mais", "Ingresso caro", "Não perco meu tempo vendo esse time", "Não gasto meu dinheiro com isso", etc.

Com relação a diretoria, a atual é a menos culpada. Pegou um abacaxi para descascar. Com dívidas antigas e atuais, contas bloqueadas e afastamento de antigos colabores, patrocinadores que só ajudam se "fulano" estiver. Torna-se até, um abandono generalizado. Ou seja, sem dinheiro não dá para fazer futebol. Assim como, não se faz omelete sem ovo.

Enfim, mas voltando. Não dá para cobrar, sem colaborar. Se pegarmos a média de público dos jogos do ASA nos últimos anos, ela é pífia. É de menos de 2.000 pessoas por jogo, num estádio que cabe cerca de 10.000. Vergonhosa para um time que tem tantos "amantes". Um abandono. Diferentemente de quando o time estava "na boa". Quando o estádio vivia lotado e todos gritavam aos quatro cantos o amor pelo clube.

Aliás, repito: tiro dessa lista os que estão em qualquer situação (esses têm totais direitos de cobrar). Estou falando dos "modinhas". Os que só vão na carne seca e que são os que mais cobram. Porém, pelo contexto, não têm moral para isso. Como exigir algo de alguém, se você não ajuda?! Não dá. Então, se não ajuda não tem como reivindicar.

Portanto, em meu ver, houve um certo abandono sim. Não se pode jogar para o clube, o que pessoas que passaram fizeram ou deixaram de fazer. Elas passam, quem fica é a instituição. Ele não tem culpa. E, enquanto não entenderem que para reergue-lo é necessário estar perto, junto, a situação será a mesma.

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