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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 20/09/2019 09:12

CRB: 107 anos de quem nasceu Regatas e se transformou no Futebol

No dia 20 de setembro de 1912, era fundado o Clube de Regatas Brasil. O CRB.

Das regatas para o futebol.

Da ideia do remo, para a longevidade no futebol no futebol.

A Rua do Comércio ficou pequena para uma ideia tão grande. Se Lafaiete Pacheco não fosse tão insistente, a brilhante ideia viraria apenas poeira. Foi aí quem lá na Rua Jasmim, na Pajuçara, no dia 20 de setembro de 1912, foi fundado o Clube de Regatas Brasil.

Do mar para os campos, de futebol, em 1916. Um velho lobo, pai de outro velho lobo, Haroldo Zagallo, estava em um dos primeiros times. Ao lado do alemão Peter, Lauro Bahia e os irmãos Godim. Era o pontapé inicial para o início da história.

Uma casa, que anos depois daria lugar a um ninho foi construída. O Estádio Severiano Gomes Filho. O Estádio da Pajuçara.

De lá para cá, glórias. Jejuns. Dias bons e ruins.

Até aqui, foram 30 títulos estaduais. Em todos houve peculiaridade. O primeiro campeão alagoano e futebol é o CRB, lá no em 1927. Contra seu maior rival. Uma hegemonia foi criada no fim da década de 30. Com o tetracampeonato estadual (37,38,39,40). A época do "Esquadrão de Aço" comandado por Franz Gaspar. Nesse meio tempo uma goleada em cima do maior rival ficou conhecida como "Jogo da Sofia". Um sonoro 6 a 0.

Como eu disse, houve jejum, foram 10 anos. Até quem em 1950, enquanto o país chorava pelo "Maracanaço", o Galo sorria com um título. Que se repetiria no ano seguinte.

Mais alguns anos sem títulos. Entre um e outro, vieram os de 61 e 64. Também os de 69 e 72. Até que um novo tetra reapareceu em 76, 77, 78, 79. A torcida acostumava e desacostumava, na mesma medida. Um intervalo até 83, depois os seguidos em 86 e 87. Outro bi em 92 e 93. E o derradeiro da década, em 1995.

Lembram dos jejuns? Aconteceu outro. Foram 7 anos até o título de 2002, mais 10 longos e dolorosos anos, até o início de uma nova hegemonia em 2012. Soberania que fez o clube vencer 5 campeonatos de 6 disputados. Até 2017.

Uma história escrita. Com várias sensações criadas, sentidas. Anos dourados, outros negros. Milagres, viradas. E vários personagens.

Dos meus 28 anos, ouvi falar de muita gente. Homens que se eternizaram no vermelho e branco. Ouvi histórias sobre Canhoto; o tal Pompéia, um "cão" que era Silva; da rosa que veio Miguel; Inha, dos 37 gols em um estadual; por falar em gols, o maior de todos Joãozinho Paulista; os dois "R" de Roberto Menezes e Roberval Davino.

Uns eu só ouvi. Outros eu vi.

Vi um Júnior, Amorim, que era pequeno, apenas no tamanho; o maestro das bolas paradas, Geovani; vi um "tanque" chamado Denilson; outro que voltou para se eternizar, Aloísio; aquele que nasceu do gol, Zé; uma parede chamada Júlio César; o mais folgados dos artilheiros dos baianos, Neto; Olívio, que se transformava em super e Audálio, o mais apaixonado e apaixonante regatiano que jogou no CRB.

A história que começou com uma teimosia. Que se tornou alegria, agonia, harmonia, utopia. De quem nasceu do mar e se transformou no campo, em campo. Do galo que é amado e apaixonante. De anos em anos, dos 107, até os próximos. Que sejam eternos.

Parabéns, CRB!

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