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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 27/02/2019 08:56

FUTEBOL: Na Espanha, dia de "El Clásico" no Santiago Bernabeu

Real Madrid e Barcelona se enfrentam hoje, às 17h (horário de Brasília) pelas semifinais da Copa do Rei. No primeiro confronto, no Camp Nou, empate de 1x1.

A realeza contra o povo. Real Madrid contra Barcelona. A elite de Madri contra a massa da Catalunha.

A história política se mistura com o futebol nesse confronto. O poder centralizador da capital espanhola, contra a vontade de ser independente do povo catalão. Para muitos, o maior clássico da Europa e do Mundo. Para poucos, apenas mais um clássico de gigantes.

Essa "briga" começou lá em 1902. Dia 13 de maio, no Hipódromo de La Castellana, em Madri. Jogo válido pela Copa de La Coronación, onde o povo venceu a realeza. No fim, Real Madrid 1 x 3 Barcelona.

Nos números, mais rivalidade e quase que igualdade. Foram 240 jogos. Com 95 vitórias do Real, 94 do Barça e 51 empates. Contando 798 gols no total, 403 da equipe merengue e 395 dos blaugranos. E por falar em gol, o maior artilheiro do confronto estará em campo. O extraordinário, espantoso, brilhante, anormal, ET, Messi. O argentino tem 26 gols no total. No Bernabeu, sente-se em casa. Faz do estádio "sua cama". No estádio rival já foram 15 gols. Além, claro, das atuações inimagináveis.

A intensidade de uma rivalidade que transcende os tempos. Desde 1902. Vimos a máquina de Di Estefano e Puskas encantar a Espanha e o Mundo, coitado do Barça nessa época. Na Catalunha, vimos surgir o holandês que mudou a história do clube, Johan Cruyff, entidade em Barcelona. Nos brancos uma constelação foi montada. De Iker Cassillas e Hierro, a Figo, Ronaldo, Zidane e Beckham. Do lado do "povo", vimos alguns que vieram do povo. Romário destruiu. Rivaldo dizimou e Ronaldinho Gaúcho, ah... o "Bruxo".

O "Bruxo" ressuscitou um clube, que estava a beira da falência. Fez o inimaginável parecer fácil. Levou o Barça de volta ao topo. No alto. Tão alto quanto foi o barulho dos aplausos que recebeu no mesmo estádio do jogo de hoje. Após acabar, dizimar, destruir o Real, em pleno Santiago Bernabeu. Por isso esse parágrafo único para ele.

Eras de cada um. Parece até combinado. Do tipo, "Eu comando um período e você o outro". Mas, uma poderá ser inalcançável. A de Pep Guardiola no comando catalão. Essa vez de sofrer, foi do Real. Com um líder como Puyol, dois gênios como Xavi e Iniesta, junto do extraterrestre, Messi. Porém, em meio a esse tempo, outra era foi criada e hoje, finalizada, infelizmente. A de Cristiano Ronaldo, que assim como o astro do Barça, é de outro planeta. Junto de um dos mais "chatos" que vi jogar, Sérgio Ramos, que é do tipo que "morre" em campo. Para não deixar seu rival ganhar.

Dois gigantes. De brigas, lutas, glórias. De uma rivalidade intensa, que ultrapassam as linhas de quaisquer estádios. Hoje, frente à frente novamente. A realeza e o povo. Os brancos e os blaugranos. Mostrando que, um não vive sem o outro. Como uma majestade não vive sem seus possíveis súditos. Como o futebol, que não vive sem Real Madrid e Barcelona.

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