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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 09/07/2020 07:35 | Atualizada em 09/07/2020 07:52

FUTEBOL: Na Taça Rio, o bom senso superou a soberba

Nesta quarta-feira (8), Fluminense e Flamengo empataram por 1 a 1 no tempo normal, mas tricolor vence nos pênaltis e conquista a Taça Rio. Os dois voltam a se enfrentar no próximo domingo (12), no Maracanã, pelo primeiro jogo da final geral do estadual.
Foto: Fox Sports Brasil

Um campeonato marcado por absurdos. Atitudes e ações grotescas. Teve mais um capítulo escrito.

A rivalidade entre Fluminense e Flamengo é uma das mais fortes no Rio de Janeiro. Por toda história e por todo charme que o clássico exala.

Ontem, antes mesmo do jogo acontecer, essa rivalidade ganhou mais uma pitadinha de rixa. A confusão da vez girou em torno da transmissão da partida, quando o TJD-RJ autorizou a FlaTV à transmitir a final.

Um ponto importante dessa "briga". A decisão foge totalmente, do que o próprio Rubro-Negro vinha pregando (mesmo ele não tendo nada a ver com a decisão). Principalmente com relação a MP 984/2020, que interfere na venda das transmissões, dando direito ao clube mandante, nesse caso o Flu, a negociar com quem bem entender.

Inclusive, nos bastidores essa briga para transmitir perdurou. Mostrando assim uma enorme divergência e contradição por parte do clube da Gávea. Transparecendo mais uma vez a prepotência, arrogância e soberba mostrada em atitudes anteriores. Do se achar superior - até mesmo o que luta para implantar.

Logo após esse 'bafafá', mais uma interferência. O STJD derrubou a liminar e garantiu direito de transmitir apenas para o Fluminense. Ou seja, é clara e notória a interferência política em um campeonato manchado por contradições e incoerências.

Enfim, agora falemos do jogo: A estratégias foram totalmente distintas.

O Flu, muito bem postado defensivamente, optou por uma marcação em zona. Com a primeira linha de quatro, outra de cinco e um jogador mais isolado na frente. Realizada de forma muito organizada e harmônica, inclusive. O que dificultou o que o seu rival com o que tinha e tem de melhor: a velocidade nas transições de ataque e a rapidez nas trocas de posições.

Deixando assim, o Flamengo com a bola na maior parte do tempo. Porém, com a chamada "posse inofensiva". Até que em alguns momentos de ataque, o time conseguiu chegar no gol rubro-negro. Antes com algumas chances, depois com o gol do lateral Gilberto.

Já o Flamengo, como de costume, tentou ter a bola e implantar seu jogo - o que não conseguiu. Adiantando suas linhas e tentou dificultar a saída de bola adversária; em alguns momentos conseguiu. No entanto, time parece ter aceitado o jogo proposto pelo time de Odair Hellman. O ritmo lento dava indícios que não era nem de longe aquele time que encanta o nosso futebol. A apatia foi nítida.

Outro fator importante para a má atuação: a baixa intensidade - uma das principais características do time de Jorge Jesus. Mas claro, é bom pontuar algo preponderante: não é nada fácil jogar contra um time bem postado e organizado defensivamente, que joga atrás da linha da bola a maior parte do tempo. Porém, foi uma atuação abaixo do normal (uma das piores que já vi, desde que o técnico português assumiu)..

Em resumo, um tricolor estruturado taticamente e que soube anular os pontos fortes do seu rival de forma inteligente - além de ter mostrado mais vontade e interesse. Contra um rubro-negro pouco produtivo, ocioso e às vezes indiferente.

Agora, duas finais separam Flu e Fla do título. Manchado, mais um título. Um troféu para a galeria e uma marca na biografia. Dentro de campo, venceu a estratégia. Fora dele, o bom senso, por hora, superou a soberba.

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