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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 02/06/2020 08:06 | Atualizada em 02/06/2020 08:46

MUNDO: O Futebol tem obrigação de estar na luta contra o racismo

Clubes, jogadores, torcidas e vários adeptos manifestaram-se diante de protestos pela morte do americano George Floyd.

O Futebol é universal. Une e cessa guerras. É instrumento de inclusão e tem poder de conectar povos.

O estopim dos mais variados protestos, foi a morte de George Floyd - americano, de Minneapolis, Minessota, nos EUA. Morto por asfixia, depois de um policial esmagar seu pescoço com o joelho.

Quando falam que o futebol não deve entrar em causas, lutas e protestos por injustiça, eu só penso numa parada: omissão. Ter tal atitude, em meu ver, é ser conivente com o mal que perpetua por vários e vários anos.

Desde sua criação, em 1863, que lutas apareceram. Desde a retirada da monopolização da nobreza, até os dias de hoje. Foram posicionamentos de quem queria incluir. Deixar um esporte tão magnífico para todos. Ou seja, quem tanto se esforçou e lutou para tornar-se o que é hoje, não pode se omitir.

De lá para cá, várias outras batalhas foram travadas. Sociais, de etnias, gêneros, raça, cor. Lugares, países, continentes. E no meio de tudo isso, o Futebol sendo instrumento para o lado bom.

Um caso "isolado" veio nos mostrar o que a escória do racismo faz. A história dos EUA conta e remostra o que foi feito após a assinatura da 13ª Emenda, de Abaham Lincoln. A "emancipação" foi meio que mascarada. Por fraudes, medidas, leis e afins; para que o negro no país continuasse seu carma. Até os dias de hoje.

No Brasil, algo parecido aconteceu. Antes e sempre a discriminação foi enorme. Principalmente quando se fala em morros e favelas. Basta ver os últimos acontecimentos: guarda-chuva sendo confundido com fuzil, furadeira com pistola, 80 tiros num carro de família negra, assassinato de um garoto dentro de casa e outros milhares que não tomam os holofotes. Inclusive, um negro deve está morrendo nesse exato momento, que você ler esse texto.

Então, por que se omitir? Por que tal inércia e indiferença?

É como se quisessem que tudo isso fosse aceito com passividade. Pois se há reação, quem protesta é chamado de extremista. Como se fosse dever amar seu inimigo mesmo que seja atacado. Como se a defesa fosse algo errado. Como disse Malcolm X.

Um paradoxo criado e que parece ter sido implantado no Futebol. Algo que vimos, também, recentemente. Onde quem sofre racismo é punido e o racista sai ileso.

Portanto, o papo é simples e reto: quem se omite e trata algo tão grave com passividade ou normalidade, está do lado do opressor. Devemos lutar contra as injustiças, preconceitos, desrespeito, insultos. O Racismo! E o futebol deve estar no meio de tal luta. É obrigação.

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