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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 17/11/2020 07:11 | Atualizada em 17/11/2020 07:13

SELEÇÃO BRASILEIRA: Tite deve "silenciar" e deixar seu time jogar

Brasil e Uruguai se enfrentam hoje pela 4ª rodada das Eliminatórias da Copa de 2022. Partida acontece às 20h (horário de Brasília), no Estádio Centenário, no Uruguai.

  Uma famosa expressão usada pelo técnico da Seleção Brasileira foi seguida à risca na vitória por 1 a 0 contra a Venezuela, na última sexta-feira: "Fala muito!".

O Brasil é o primeiro colocado das Eliminatórias com 100% de aproveitamento. São três jogos e três vitórias; 10 gols feitos e 2 sofridos. Números excelentes para o início da caminhada rumo a Copa do Mundo do Catar.

Contudo, ações específicas chamaram atenção nesta última partida: as orientações do técnico Tite. Com o estádio vazio, deu para perceber e ouvir quase que 100% de tudo o que o comandante falava. Mas você deve estar se perguntando: mas é algo ruim ou errado? Não é a função dele?

Não, não é errado. O treinador de futebol tem, também, essa tarefa. Orientar e passar instruções para que seu time possa ter uma maior concentração e uma melhor organização tática. Tendo, consequentemente, possibilidades de elevar seu nível.

No entanto, no último jogo, em meu ver, Tite usou essa arma de forma excessiva.

Foi nítido que os jogadores estavam seguindo com rigor tudo o que o técnico falava - principalmente na parte ofensiva e de criações de jogadas. E foi justamente onde eu vi o erro.

A Seleção foi um time mecânico. Previsível e metódico. Enquanto tinha a bola e procurava furar o bloqueio venezuelano, as instruções demasiadas faziam com que o time ficasse "travado". Como se fosse programado para fazer tal ato e gesto. O "faz ou não isso", "cai aqui", "agora dobra", "por aqui não"; fizeram o Brasil, em minha opinião, limitado e ineficiente. Sem aquele passe que quebra um sistema tático ou do drible que rompe linhas.

Mas por quê? Pela falta de improviso, de intuição, de individualidade. Características do jogador brasileiro - sobretudo na "arte de criar". Sem isso, a seleção brasileira tornou-se um time totalmente comum. Por exemplo, uma das únicas vezes que houve liberdade para flutuação e troca de posições, saiu o gol de Roberto Firmino.

Hoje, contra o Uruguai, um time que na teoria sairá mais para o jogo, Adenor deve deixar seus jogadores mais soltos. Não que ele deva ficar calado, mas poderia confiar na qualidade e poder ação criativa e ofensiva dos seus comandados.

Acredito que acontecendo isso, teremos um jogo melhor. Tanto no nível técnico, quanto no individual. Fatores que quando englobados, o coletivo torna-se evidente.

Então, Tite pode falar. Mas não muito. Ou tanto.

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