O senador Renan Calheiros usou suas redes sociais neste domingo (10), para se manifestar sobre o rompimento da mina 18 da Braskem, em Maceió e chamou o caso tragédia anunciada de um crime continuado. “Essa é uma tragédia anunciada de um crime continuado”, escreveu.
“A Braskem, como todo mundo sabe, cavou 35 minas em áreas densamente povoadas e dentro das lagoas. Quatro dessas minas estão desaparecidas. O povo de Alagoas não tem nada? É isso que vai sobrar para o povo de Alagoas? E para essa empresa? E para esses criminosos? O que vai acontecer?”, cobrou o senador por meio de um vídeo.
Renan criticou a mudança na biodiversidade que pode decorrer do rompimento da mina. Em contato com a Lagoa Mundaú, o sal-gema pode salinizar a água em níveis perigosos, alertam especialistas. Os impactos ambientais ainda não são calculáveis, mas o desabamento de bairros mostra que não serão pouco graves. “Nós precisamos dar uma resposta, como sociedade, como país, como população, como nação, como parlamento”, seguiu.
“Nós não estamos assistindo apenas o afundamento da mina 18. Nós estamos vendo o assassinato da lagoa Mundaú. Essa lagoa deu nome ao estado e foi, durante muito tempo, a maior produtora de proteína animal por metro cúbico do mundo”, lamentou o senador.
CPI no Senado
O senador Renan Calheiros convocou para terça-feira (12), uma reunião para a instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que pretende investigar a Braskem. A petroquímica é a responsável pelas minas de sal-gema que ameaçam desmoronar em Maceió.
Apesar da articulação do governo Lula (PT), líderes partidários indicaram nesta semana os nomes dos senadores que irão compor a CPI da Braskem. A movimentação para que a CPI saia do papel é capitaneada pelo senador Renan Calheiros, aliado histórico de Lula dentro do MDB. (Ler Matéria)
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