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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 29/04/2020 08:46 | Atualizada em 29/04/2020 08:57

BRASIL: Futebol brasileiro... Da paixão ao egoísmo; do amor a mesquinhez

Desta vez, até o Governo Federal tenta interferir no retorno do futebol no Brasil.

Que o futebol é, hoje, um ramo de negócio e dinheiro todo mundo sabe. Porém, precisou uma Pandemia para escancarar ainda mais a situação.

No Brasil não é diferente, aliás, é muito mais "igual". Desta vez, o Governo federal tenta interferir para que os campeonatos retornem. De acordo com o Secretário de Emprego e Produtividade do Ministério da Economia, Carlos Costa, os jogos serão retomados "em breve".

Ainda segundo o secretário, os jogos vão voltar quando as condições forem propícias e obviamente com portões fechados. Seguindo protocolos para preservar também a saúde dos envolvidos. Disse Carlos Costa.

As competições foram suspensas no dia 15 de março pela CBF. E ainda de acordo com informações, a entidade ainda não se pronunciou a opinião do Governo Federal. Porém, vem mantendo contato frequente com o Ministério da Saúde e com secretarias estaduais de Saúde.

A primeira pergunta é: quem manda no futebol, a CBF ou o Governo Federal?

Uma pressa surreal para esse retorno deixa nítido o único interesse nisso tudo - o financeiro. Porém, o pensamento é apenas no que a gente pode chamar de "primeiro escalão" do futebol brasileiro. Será que estão pensando nos clubes de Séries C e D? Naqueles que têm apenas o estadual para jogar? Ou nos jogadores que estão longe de serem bem remunerados?

Acredito que não. Ou certamente que não.

E mesmo sendo algo rentável, que ajude na renda de várias pessoas de forma direta e indireta, a segurança e saúde devem vir em primeiro lugar. Ou açam medidas para auxiliar e amparar esses cidadão. Pois, sabemos o tanto de grana que gira em torno da CBF e do nosso futebol.

Além do mais, com todo "blá blá blá" vindo por parte do Governo, é totalmente inviável fazer futebol. Visto que, em uma partida, não são apenas os 22 jogadores que estão envolvidos. Têm as comissões, arbitragem, staff dos clubes, seguranças, organizadores da federação, dentre outros. Ou seja, um número que fere as recomendações da OMS.

É horrível ficar sem futebol. Logicamente. Mas, mais uma vez, devemos pensar na vida. Enquanto alguns países cancelam seus campeonatos, nós mais uma vez vamos de encontro. Um pensamento egoísta e mesquinho. Daquele esporte que já foi do povo, Hoje, não mais.

Vemos o dinheiro ser mais importante. Vemos um Governo desdenhando e cheio de descasos com a situação. Presenciamos o futebol, algo universal, sendo infectado com um vírus: o da ganancia. Tudo pelo dinheiro, economia, cifras.

Valores minúsculos no que pode ter um preço alto a ser pago. Infelizmente.

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