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Postada em 22/12/2019 18:32 | Atualizada em 22/12/2019 18:34 | Por Medium.com

O Flamengo não ganhou o mundo — mas nos lembrou como é incrível brigar por ele

2019, ainda que não tenha sido perfeito, foi, sem dúvida nenhuma, um ano incrível, um ano histórico
Mundial era o sonho de toda uma nação rubro-negra - Foto: Medium.com

Seria infantil fingir que não doeu. Negar que o Mundial era o sonho de toda uma nação, que o gol de Firmino sufocou nosso grito na garganta, que não existe um tipo de dor muito específica que só sente quem chega tão perto de um objetivo e vê ele escapando das suas mãos. Ninguém aqui vai fingir que concordou com todas as substituições de Jorge Jesus, que não esperava mais de Gabigol, que não se irritou com os lançamentos nas costas da defesa, que ficou otimista quando viu Lincoln e Berrío aquecendo.

A derrota, esse 1x0 sofrido contra o Liverpool na prorrogação, doeu, e muito. Mas se ela doeu tanto foi exatamente porque esse Flamengo conseguiu, diante do quase bilionário campeão europeu, jogar de igual para igual. A equipe rubro-negra criou chances, dominou a partida em dados momentos e contou com atuações brilhantes de Rodrigo Caio, Rafinha, William Arão e — como sempre — Bruno Henrique, para mostrar que estamos sim no mesmo nível dos maiores gigantes do futebol mundial. Perder doeu exatamente porque, durante 120 minutos, deixamos claro que poderíamos ter vencido.

Então ainda que 2019 não vá entrar para a história como o ano em que fomos bicampões mundiais, não podemos esquecer que foi um ano histórico por si só. 2019 foi o ano que ganhamos a nossa segunda Libertadores. 2019 foi o ano em que ganhamos nosso sétimo Brasileirão. 2019 foi o ano em que praticamos um futebol que a camisa vermelha e preta não via desde a era Zico. 2019 foi o ano em que sobramos tanto dentro do país que fomos acusados de colocar em risco a competitividade do futebol brasileiro como um todo e talvez até tornar desnecessária a realização de campeonatos. Não tem como achar que isso foi pouca coisa.

Porque, como disse várias vezes o atacante, filósofo e cover do artista Ferrugem, Bruno Henrique, o Flamengo atingiu na temporada 2019 um outro patamar. Assumimos nosso papel de direito como maior clube do Brasil, conquistamos títulos que fazem jus à nossa grandeza e deixamos de nos incomodar com times medianos locais para só cair diante de um adversário acostumado a enfrentar os Barcelonas, Juventus e Bayerns da vida. Não conquistamos o mundo de novo, mas deixamos claro, para quem quer que seja, que ainda lembramos o caminho, e não temos a menor intenção de desistir.

Então a derrota não encerra, ela apenas adia esse sonho. Porque temos grandes jogadores, mas sabemos que esse grupo ainda pede reforços. Temos um grande treinador, mas que até agora só teve seis meses à frente do elenco. Praticamos um ótimo futebol, mas sabemos que ele pode ser ainda melhor. 2019, ainda que não tenha sido perfeito, foi, sem dúvida nenhuma, um ano incrível, um ano histórico. E mais do que a Libertadores, mais do que o Brasileirão, mais do que todo esse orgulho, ele deu pra nós a certeza de que estamos diante de um time que pode sim fazer história todo ano. E não vamos esquecer, 2020 já está logo ali.

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