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Polícia
Postada em 03/06/2022 17:14 | Por Assessoria - PC/AL

Delegado dá dicas para evitar cair no novo golpe do WhatsApp

Golpistas aproveitam vazamentos de dados para criar perfil falso de usuários
Delegado dá dicas para evitar cair no novo golpe do WhatsApp - Foto: Divulgação

O delegado Sidney Tenório, que assumiu a titularidade da Delegacia de Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil de Alagoas, alerta a população para um aumento no registro de casos de um novo golpe envolvendo o aplicativo WhatsApp.

Depois de as vítimas terem adotado cautelas para evitar a clonagem de seu perfil (com a verificação em duas etapas), os golpistas agora estão adotando outra técnica, que usa informações vazadas de bancos de dados.

Num dos casos, a vítima relatou que parentes próximos receberam uma mensagem pelo WhatsApp de um número de telefone diferente, mas que usava a sua foto. Logo no primeiro contato, a alegação era de que havia trocado de “chip”, pedindo para salvar o novo número e, em seguida, solicitava transferências de dinheiro.

Ao contrário do que pensa a maioria das vítimas, o golpe não é dado por alguém próximo, já que o golpista teria alguns contatos e sabia até o grau de parentesco da pessoa a quem estava pedindo dinheiro. “No primeiro momento é o mais lógico a se pensar. Mas não é bem assim. Existem sites ilegais que os golpistas assinam e têm acesso a uma lista vasta de dados, como nome, telefone, CPF, rede de contatos mais próximos e outras informações”, explicou Sidney Tenório.

Como evitar o golpe

As dicas para evitar esse golpe são simples. A primeira delas é evitar deixar fotos de redes sociais abertas para todos os usuários. Isso evita que o criminoso salve suas fotos e use no perfil falso que será criado com um novo número, dando mais credibilidade ao golpe.

É justamente por isso, que os golpistas se passam muito por pessoas públicas para tentar aplicar esses golpes, já que elas têm muitas fotos divulgadas na internet e que são facilmente encontradas nos sites de busca.

“Mas a principal dica é dada justamente para quem recebe algum pedido de transferência de dinheiro, pagamento de boletos ou qualquer repasse monetário pelo WhatsApp. Antes de fazer a transação certifique-se que é mesmo a pessoa. Faça uma chamada de vídeo, diga que quer falar pessoalmente. Caso se neguem ou deem uma desculpa, não faça a transferência. Depois que o dinheiro sai da conta, é quase impossível recuperá-lo”, explicou Sidney Tenório.

Registre a ocorrência

A pessoa que tiver tido seus dados utilizados pelo golpista e aquelas que eventualmente tenham caído no golpe e tido prejuízo financeiro devem registrar um boletim de ocorrência. A primeira não tem qualquer culpa por terem usado sua foto e seus dados para pedirem dinheiro a terceiros, mas deve se resguardar disso, informando às autoridades do que está acontecendo.

Já quem efetivamente caiu no golpe deve procurar a polícia para dar elementos que possam subsidiar uma investigação. “Estamos diante de um crime de estelionato e a atribuição para apurar o crime é da delegacia distrital do domicílio da vítima. Não se trata de um crime propriamente cibernético, ainda que tenha sido praticado utilizando-se de uma rede social”, frisou o delegado, explicando que este é um equívoco comum.

Sidney Tenório lembrou ainda que as vítimas podem fazer o boletim de ocorrência através da Delegacia Virtual, no endereço https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/ ou pelo telefone 3315-2282, que funcionam 24 horas.

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