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Polícia
Postada em 28/01/2020 22:09 | Por Assessoria

Delegados revelam detalhes de investigação sobre morte de Danilo Campos

Padrasto foi indiciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado
As informações foram dadas durante entrevista coletiva, no auditório da Polícia Civil - Foto: Assessoria

Os delegados Bruno Emílio, Eduardo Mero e Fábio Costa, integrantes da comissão que investigou a morte do menino Danilo de Almeida Campos, divulgou na manhã desta terça-feira (28) detalhes da apuração do caso. O padrasto do menino de sete anos, José Roberto de Morais, foi indiciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima). As investigações indicaram que o garoto foi também abusado sexualmente.

As informações foram dadas durante entrevista coletiva, no auditório da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, com as presenças também do delegado Thiago Prado, do diretor do Instituto Médico Legal, Fernando Marcelo, do diretor do Instituto de Criminalística, Wellington Melo, e dos peritos Rosana Coutinho, Clisney Omena e Carmélia Miranda.

Danilo desapareceu na tarde do dia 11 de outubro, e seu corpo foi encontrado no dia seguinte (12), na localidade conhecida como Beco da Maliu, no bairro Clima Bom II, na parte alta de Maceió. Ele apresentava lesões na cabeça provocadas por instrumento perfuro-contundente, sinais de esganadura (estrangulamento) e de abuso sexual.

Na tarde em que desapareceu, Danilo estava em companhia do irmão gêmeo (Daniel) e saiu de casa para levar um garfo até a oficina de conserto de bicicletas do padrasto que fica a cerca de 300 metros. A partir dai, sumiu.
O irmão Daniel chegou a comentar que Danilo teria sido sequestrado por uma mulher de cabelo verde, mas admitiu depois que essa estória lhe teria sido contada por José Roberto.

A mãe do menino, Dacineia Carlos de Almeida, em um primeiro depoimento caiu em várias contradições , como também José Roberto, o que demonstra que o casal tentou tumultuar as investigações. Em um segundo depoimento, ela disse suspeitar da participação do companheiro no assassinato.

As investigações esclareceram ainda que , quando o corpo foi encontrado, o menino usava roupa diferente daquela que vestia quando desapareceu, indicando que o autor do crime teria acesso às vestes do garoto. O calção que vestia ao ser encontrado havia sido lavado.

A comissão descobriu também que José Roberto , anos atrás, havia estuprado uma enteada, filha de uma ex-companheira, na cidade de Arapiraca, tendo por isso sua prisão preventiva decretada.

Os delegados concluíram que o padrasto do menino foi realmente quem o assassinou.

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