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Polícia
Postada em 30/11/2017 07:18 | Atualizada em 30/11/2017 13:51 | Por Todo Segundo

PF deflagra operação contra fraudes em obras do Canal do Sertão

Um dos alvos da operação é um imóvel em Maceió que pertence ao ex-governador de Alagoas Teotonio Vilela
PF deflagra operação contra fraudes em obras do Canal do Sertão - Foto: Divulgação
Do Todo Segundo com Ascom

A Polícia Federal (PF), realizada desde o começo da manhã desta quinta-feira (30), operação uma para cumprir 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas, em Maceió, na área metropolitana da capital alagoana.

De acordo com assessoria de comunicação da instituição, além das cidades de Salvador/BA, Limeira/SP e Brasília/DF. Em Maceió há equipes da PF num prédio localizado na Avenida Álvaro Otacílio, no Bairro de Ponta Verde, na orla de Maceió.

A ação tem objetivo de complementar provas colhidas inquérito policial instaurado com a finalidade de apurar a suposta prática dos crimes de fraude a licitação, desvio de verbas públicas (peculato), corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, todos relacionados à obra do CANAL DO SERTÃO ALAGOANO, mais especificamente os lotes nºs 3 e 4, ambos licitados pelo Governo do Estado de Alagoas (Secretaria de Infraestrutura) na gestão anterior, ilícitos estes ocorridos entre 2009 e 2014.

O Supremo Tribunal Federal autorizou a Polícia Federal a utilizar provas decorrentes de colaborações premiadas de pessoas relacionadas à Construtora Norberto Odebrecht no aludido procedimento investigativo. A elas se somaram relatórios do Tribunal de Contas da União, constatando sobrepreço em contrato firmado entre o Governo de Alagoas a referida empresa no montante de R$ 33.931.699,46.

Também restou apurado na investigação a existência de acordo de divisão de lotes da obra com a Construtora OAS. Dentre os investigados encontram-se o Governador e o Secretário de Infraestrutura do Estado de Alagoas à época dos fatos, além de outros indivíduos ligados às citadas empresas e órgãos públicos.

Todo o material arrecadado será encaminhado à Superintendência da PF em Alagoas, onde será analisado. A soma das penas máximas atribuídas aos delitos citados pode chegar a 46 anos de prisão.

A partir das 10 horas da manhã de hoje uma entrevista coletiva, que será realizada na sede da Superintendência da Polícia Federal, no bairro de Jaraguá, deverá esclarecer o caso. A assessoria de comunicação da PF confirmou a participação de membros do Ministério Público Federal na coletiva.

A operação, intitulada de "Caribides", faz referência a uma criatura da mitologia grega, responsável pela proteção dos limites territoriais no mar. Em outra tradição, seria um turbilhão criado por Poseidon.
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