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Polícia
Postada em 31/01/2018 13:04 | Atualizada em 01/02/2018 00:33 | Por Todo Segundo

Sefaz emite posicionamento sobre operação deflagrada pelo MP

As investigações como essa ajudam a manter a concorrência leal e correta entre os empresários, diz Sefaz/AL
Sefaz emite posicionamento sobre operação deflagrada pelo MP - Foto: Agência Alagoas
Da Agência Alagoas

Em operação conjunta com Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícia Civil (PC/AL), a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), por meio do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), participou na quarta-feira (31), de três operações que prenderam servidores públicos acusados de cobrar propina a empresários.

“A Sefaz/AL vem passando por um amplo processo de reestruturação nos últimos três anos. Recentemente foi aprovada a sua nova Lei Orgânica bem como a Lei Delegada, que reorganiza a estrutura fazendária”, explica o secretário de Estado da Fazenda, George Santoro.

A partir disso, foi criada uma unidade de compliance com o objetivo claro de implantar na secretaria, ainda este ano, toda a estruturação de medidas de prevenção a esse tipo de situação. “Já estamos na fase final da contratação da consultoria que vai nos auxiliar neste trabalho e a Sefaz/AL, provavelmente, será a primeira do país a ter um processo de compliance de contas públicas e na área de gestão de receita pública em parceria com o Banco Interamericano de Desarrollo (BID)”, completou o gestor da Sefaz.

Dentro deste processo, a secretaria passou por uma auditoria do Tax Administration Diagnostic Assessment Tool (Tadat),  ferramenta internacional criada pelo FMI e que só havia sido aplicada em países, tornando a Fazenda Pública de Alagoas a primeira do país a receber este tipo de avaliação e já que já iniciou seu planejamento estratégico.

Santoro ressalta, ainda, que todas as providências administrativas e legais já estão em andamento tanto na Sefaz/AL quanto na Justiça e que os envolvidos nas prisões desta quarta passarão pelo devido processo legal, tendo o direito ao contraditório e à ampla defesa.

De acordo com o secretário o objetivo é combater a sonegação e aumentar a arrecadação do Estado, mas ao longo das investigações, às vezes é verificada a participação de servidores públicos nesses esquemas. “Infelizmente isso é uma realidade não só de Alagoas, mas de diversos lugares do país. Muito triste a situação, mas temos que tratar isso com profissionalismo. As investigações como essa ajudam a manter a concorrência leal e correta entre os empresários. São ações que reforçam o valor de pagar os impostos em dia e não utilizar a corrupção para obter ganho de mercado, como foi identificado em vários casos”.

As operações da quarta-feira são fruto de um trabalho de investigação e colaboração de diversas esferas governamentais do Estado. “Uma operação como a de hoje envolve muita responsabilidade e objetividade. Temos clareza do que estamos fazendo, afinal estamos falando de pessoas e é o dinheiro do contribuinte que está envolvido. Nesse sentido, estamos fazendo o dever de casa também. Afinal, cobramos dos contribuintes uma postura integra que nós, aqui da Secretaria da Fazenda, também precisamos ter”, conclui.
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