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Alagoas
Postada em 08/07/2021 11:22 | Por Caio Lorena / IBGE

Custos da construção crescem 0,93% em Alagoas no mês de junho

No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 21,58%. Já o acumulado de janeiro a maio ficou em 11,48%
Custos da construção crescem 0,93% em Alagoas no mês de junho, diz IBGE - Foto: Helena Pontes / IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta quinta-feira (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,93% no mês de junho em Alagoas, representando uma desaceleração de 0,87 ponto percentual em relação a maio (1,8%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 21,58%. Já o acumulado de janeiro a maio ficou em 11,48%.

O custo da construção por metro quadrado em Alagoas, que no mês de maio havia fechado em R$ 1.276,38, passou para R$ 1.288,24 em junho, sendo R$ 805,48 relativos aos materiais e R$ 482,76 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 1,5% em junho, registrando queda de 1,43 ponto percentual em relação à variação observada no mês anterior (2,93%). Considerando o índice de junho de 2020 (0,51), houve aumento de 0,99 pontos percentuais. Já a parcela de mão de obra ficou estável em Alagoas.

No Brasil, o Sinapi subiu 2,46% em junho e ficou 0,68 ponto percentual acima da taxa de maio (1,78%). Esta é a maior alta na série histórica com desoneração da folha de pagamento, iniciada em 2013. Em janeiro, a construção civil já havia sinalizado um recorde na série histórica, com a taxa de 1,99%. O fechamento de 2020 também foi o maior desde 2013, com acumulado de 10,16%.

A série histórica mostra uma sequência de altas no índice geral desde julho de 2020. A principal influência no resultado do mês veio da parcela da mão de obra, com alta de 2,60%, a maior taxa de 2021, influenciada pelos acordos coletivos que incluíram o estado de São Paulo. “O que difere junho dos demais meses, nesse período, é que tivemos uma diminuição da participação da parcela dos materiais e um significativo aumento da participação da mão de obra, por conta das altas nos salários das categorias profissionais, de maneira generalizada, em dez estados”, comenta o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, analisando o resultado para o país.

Maior alta foi no Sul, puxada pelo Paraná

A região Sul, com alta na parcela dos materiais em todos os estados e acordo coletivo no Paraná, ficou com a maior variação regional em junho, 3,80%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,14% (Norte), 1,92% (Nordeste), 2,83% (Sudeste) e 1,96% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.382,99 (Norte); R$ 1.343,47 (Nordeste); R$ 1.482,71 (Sudeste); R$ 1.493,35 (Sul) e R$ 1.379,39 (Centro-Oeste).

A alta na parcela dos materiais e os acordos coletivos influenciaram os custos da construção do Paraná, que teve a maior variação mensal, 5,42%. Na sequência, impactados pelos mesmos fatores, estavam Mato Grosso do Sul (4,65%), Pernambuco (4,22%) e São Paulo (3,87%).

Mais sobre o Sinapi

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

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