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Alagoas
Postada em 19/03/2024 17:06 | Atualizada em 19/03/2024 23:10 | Por Todo Segundo

Falta de justificativa põe em risco voto de mais de 220 mil eleitores em Alagoas

Descrença na classe política é o principal motivo para a abstenção no dia do voto, explica advogado
Advogado Alan Delon, pós-graduado em direito eleitoral, foi questionado pelo Todo Segundo - Foto: Todo Segundo

Mais de 220 mil eleitores não justificaram a ausência nas eleições de 2022, em Alagoas, conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os números foram confirmados ao Portal Todo Segundo, pela assessoria de comunicação do órgão nesta terça-feira (19). Hoje, o estado tem 2.384.930 leitores aptos a votar.

O número de abstenções no estado no último pleito eleitoral, teve uma leve queda em relação à eleição de 2020, mas ficou acima da média nacional. Segundo o TRE, 520. 114 eleitores deixaram de comparecer às urnas para votar. A abstenção representou 22,39% do total de eleitores de Alagoas.

Em todo o Brasil, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 25 milhões de eleitores não votaram e nem justificaram a ausência às urnas no último pleito, o que representa 16% do total de 156,4 milhões de eleitores.

Para o advogado Alan Delon, pós-graduado em direito eleitoral, a descrença na classe política é o principal motivo para a abstenção no dia do voto. Ele estima que as propostas dos candidatos nem sempre suscitam um interesse real dos eleitores.

“Hoje em dia, a ausência dos eleitores nas eleições, vem acontecendo com o descrédito dos candidatos, com falta de propostas etc…, com isso, vem acarretando a grandiosidade das abstenções nas urnas, onde o cidadão hoje está preferindo pagar a multa do que ir votar”, disse o advogado após ser questionado pelo Portal Todo Segundo.

“Acontece, que o dinheiro dessa multa volta nas eleições posteriores para os partidos e seus candidatos. Então, o meu aconselho é que todos os cidadãos façam valer seu direito elegendo conscientemente o melhor candidato, sabendo que seu voto faz a diferença, além de não pagar multa, façam valer seu direito de cidadania”, ressaltou, Alan Delon.

Neste ano, a regularização do título de eleitor pode ser feita até o dia 8 de maio, e os eleitores têm diversas opções para realizá-la: pela internet, através do aplicativo e-Título ou comparecendo pessoalmente aos cartórios eleitorais em todo o país.

Todos os serviços podem ser realizados online, com exceção daqueles que exigem a coleta de biometria, como a retirada do título pela primeira vez. Para esses casos, é necessário agendar um atendimento prévio no cartório eleitoral, o qual pode ser agendado no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de cada estado.

Quais as consequências de não regularizar o título de eleitor

• Não pode obter passaporte ou carteira de identidade

• Se for servidor público, pode ter o bloqueio dos vencimentos

• Não pode participar de concorrência pública, ou administrativa da União e dos Estados

• Não pode se inscrever em concurso público, nem tomar posse de um cargo público

• Não pode renovar matrícula de estabelecimento de ensino oficial fiscalizado pelo governo

• Não pode praticar nenhum ato para quitação do serviço militar

• Também não pode obter a certidão de quitação eleitoral

Alistamento

O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para maiores de 18 anos e facultativo para aqueles que estão entre 16 e 18 anos, maiores de 70 anos e analfabetos. O eleitor poderá pagar a multa pelo próprio site, por meio do Pix ou de emissão de guia de recolhimento da União", explica Alan Delon. A multa é de R$ 3,51 por turno.

A Justiça Eleitoral lançou na última segunda-feira (18), a Semana do Jovem Eleitoral 2024, voltada a incentivar o alistamento eleitoral de jovens entre 15 e 17 anos, que não são obrigados, mas já podem votar nas eleições municipais de outubro.

A campanha mira também naqueles que são obrigados a votar pela primeira vez, pois completam 18 anos antes das eleições, marcadas para 6 de outubro (primeiro turno) e 27 de outubro (segundo turno).

Segundo a Justiça Eleitoral, entre janeiro e fevereiro deste ano, mais de 417 mil jovens entre 15 e 17 anos solicitaram a primeira via do título de eleitor. O adolescente de 15 anos já pode se alistar caso complete 16 anos, idade mínima para votar, até o dia do primeiro turno.

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