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Postada em 26/11/2020 13:15 | Atualizada em 26/11/2020 13:27 | Por R7

Brasileiros vão gastar 13º mais com novas compras do que com dívidas

Pesquisa da CNDL mostra que um 32% dos trabalhadores querem gastar com presentes de Natal, e 21% com a preparação das festas de fim de ano
Vontade de gastar 13º com compra ignora pandemia - Foto: Agência Brasil

A crise econômica motivada pela pandemia de covid-19 parece não desanimar o ímpeto pelo consumo dos brasileiros no fim de ano. De acordo com pesquisa da CNDL (Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas) e do instituto Offer Wise Pesquisas, 32% dos trabalhadores pretendem utilizar o 13º salário para comprar presentes natalinos e 21% querem gastar nas comemorações de Natal e Ano Novo.

Segundo o levantamento, feito com 968 pessoas das 27 unidades da federação, 30% pretendem economizar o dinheiro a mais e 21% vão pagar as contas básicas da casa.

"Mesmo em um momento atípico, como da pandemia, que acarretou desemprego e insegurança, boa parte dos brasileiros deverão priorizar as compras em dezembro, o que trará uma importante movimentação para a economia do país”, afirma o presidente da CNDL, José César da Costa.

O dirigente, no entanto, ressalta a importância de os consumidores se precaverem contra o excesso de gastos e o risco de contraírem dívidas além do orçamento.

“O consumidor deve definir um teto de gastos, priorizar as lembrancinhas e fazer muita pesquisa para evitar endividamentos", sugeriu, lembrando que janeiro costuma ter gastos extras fixos. "O orçamento do início do ano normalmente já é apertado por causa dos pagamentos de impostos como IPTU e IPVA.”

Merula Borges, especialista em finanças da CNDL, reforça que a utilização do 13º salário para compra de presentes deve ser feita com muita cautela, principalmente por não se saber quando o país conseguirá controlar a covid-19.

“O cenário de incertezas deve servir de alerta para o consumidor, já que a crise gerada pela pandemia deverá acompanhar os brasileiros no próximo ano. O ideal é fugir de parcelamentos longos para não sobrecarregar as contas de início de ano. A dica é pesquisar preços e negociar descontos a vista”, destaca Merula Borges.

A pesquisa também mostrou que 54% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou outras atividades para garantir verba extra nom fim de ano e, assim, garantir as compras de presentes.

Os 968 entrevistados tinham mais de 18 anos. A pesquisa considera uma margem de erro de até 4% e intervalo de confiança de 95%.

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