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Postada em 16/11/2020 21:24 | Por R7

TSE pede à PF que apure ataque hacker na eleição e vê fins políticos

Segundo o Tribunal, o ataque pela manhã foi repelido e não tem relação com o atraso na apuração dos votos, que teria como causa falha em sistema
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda (16) que enviou ofício à Polícia Federal solicitando investigação sobre o ataque hacker ocorrido na eleição municipal deste domingo (16). Segundo o ministro, porém, a agressão cibernética não chegou a afetar os sistemas do tribunal. Barroso vê motivação política.

O ataque ocorreu pela manhã e não foi responsável, segundo o ministro, pela demora ocorrida para a divulgação dos resultados à noite – que teria ocorrido em razão de uma falha em um novo sistema de totalização dos votos.

O ministro afirmou que foi feito um ataque massivo com origem nos EUA, Brasil e Nova Zelândia, com o objetivo de tentar derrubar o sistema do TSE. Foram constatadas 436 mil conexões simultâneas por segundo.

Também pela manhã foram divulgados dados pessoais de ex-ministros que atuaram no Tribunal entre 2001 e 2010. Outra estratégia paralela foi a ação de grupos nas redes sociais, com o objetivo de desacreditar o sistema, segundo Barroso.

"A divulgação foi feita no dia das eleições para tentar causar o impacto e trazer a impressão de fragilidade. Ao mesmo tempo, milícias digitais entraram em ação tentando desacreditar o sistema", explicou. "Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura e, muitos deles, são investigados pelo Supremo Tribunal Federal", completou.

Entre as investigações realizadas pelo STF estão, por exemplo, uma que apura as "fake news" e outra que investiga atos antidemocráticos.

Demora na apuração

Em relação à paralisação da apuração à noite, o presidente do TSE afirmou que o sistema ficou cerca de 2 horas sem funcionar. Ele disse que se trata de um novo sistema que centraliza e totaliza os votos no TSE, em vez de isso acontecer em cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Com a pandemia, o sistema, que deveria estar disponível em março, chegou apenas em agosto. Por isso, não foi possível fazer testes de uma operação semelhante à do dia da eleição.

"Não foi possível realizar todos os testes com o equipamento novo, e, no dia das eleições, o sistema de inteligência artificial do equipamento demorou a aprender a operação. E a demora que nós tivemos, pouco mais de 2 horas, foi o tempo que os técnicos levaram para identificar o problema e remediá-lo", afirmou.

O presidente do TSE disse se tratar de uma espera pequena e que os resultados foram divulgados ainda na noite de domingo. Citou ainda a demora de 14 dias para finalização da apuração em outros países, em alusão à recente votação nacional nos Estados Unidos.

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