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Internacional
Postada em 20/02/2015 21:40 | Por Todo Segundo

Em resposta a Dilma, Indonésia chama embaixador de volta

Dilma Rousseff não recebeu as credenciais de Toto Riyanto em cerimônia no Palácio do Planalto
Em resposta a Dilma, Indonésia chama embaixador de volta - Foto: Divulgação
 O Ministério das Relações Exteriores da Indonésia chamou de volta o embaixador designado pelo país para o Brasil, Toto Riyanto, após o gesto da presidente Dilma Rousseff de não receber as credenciais dele em uma cerimônia realizada na manhã desta sexta-feira (20) no Palácio do Planalto.

“A maneira pela qual o ministro das Relações Exteriores do Brasil, de repente, informou o adiamento da apresentação de credenciais pelo embaixador da Indonésia designado para o Brasil, quando o embaixador já estava no palácio, é inaceitável para a Indonésia”, informou o Ministério indonésio, acrescentando que Riyanto havia sido convidado formalmente para apresentar suas credenciais na cerimônia.

De acordo com informações da Agência Brasil, além de publicar uma nota de repúdio em seu site oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia convocou o embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, para “transmitir os termos mais fortes possíveis de protesto para o ato hostil do governo do Brasil”.

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Ele foi convocado pelo Ministério indonésio às 22h (13h em Brasília) para uma conversa dura, na qual foi demonstrada toda a insatisfação do governo da Indonésia com o constrangimento vivenciado por seu representante no Brasil. Soares também recebeu uma nota oficial de protesto.

“Como um Estado democrático soberano, com seu próprio soberano, sistema de Justiça independente e imparcial, nenhum país estrangeiro, nem partido, pode e deve interferir na implementação das leis vigentes da Indonésia dentro de sua jurisdição, inclusive na aplicação de leis para lidar com o tráfico de drogas”, ressaltou o governo indonésio por meio de nota.

Segundo o Ministério da Indonésia, o embaixador Toto Riyanto, chamado de volta para Jacarta, voltará ao Brasil somente quando o governo brasileiro confirmar uma nova data para a apresentação de suas credenciais.

As relações entre os dois países se deterioraram depois da execução de Marco Archer, condenado à pena de morte por tráfico de drogas, fuzilado em 17 de janeiro. Atualmente, outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também condenado à morte pelo mesmo crime, aguarda no corredor da morte.
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