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Justiça
Postada em 16/03/2020 15:59 | Atualizada em 16/03/2020 17:21 | Por Todo Segundo

Caso Grilo: fazendeiro confessa ter mandado matar empresário

Fernando Medeiros disse ainda, que o planejamento para matar "Grilo", levou alguns meses antes do crime acontecer
A sessão é conduzida pelo juiz John Silas da Silva, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital - Foto: Todo Segundo

O fazendeiro Fernando Carlos Medeiros, confessou ter mandado matar o empresário Jair Gomes da Silva, o “Grilo”, durante o julgamento que ocorre nesta segunda-feira (16), no 3º Tribunal do Júri de Maceió. O crime ocorreu no centro de município de Palmeira dos Índios, em novembro de 2010.

Durante seu depoimento, Medeiros disse ainda que o planejamento para matar o empresário, levou alguns meses antes do crime acontecer e, que teria articulado o homicídio por se sentir desmoralizado por ter levado um soco na cara efetuado pela vítima.

Além de Fernando Medeiros, Gilberto Fernandes Bispo, o segundo suspeito de participação no crime, também está sendo julgado. A sessão é conduzida pelo juiz John Silas da Silva, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital. A defesa dos réus dispensou cinco das sete testemunhas. Quatro testemunhas de acusação já foram ouvidas. A previsão é que o julgamento só termine à noite.

O caso

O empresário Jair Gomes de Oliveira, conhecido como Grilo, foi assassinado em novembro de 2010, no centro de Palmeira dos Índios, com quatro tiros na cabeça, efetuados por dois homens que estavam em uma motocicleta.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), o crime foi planejado pelo fazendeiro Fernando Carlos Medeiros, após discussão com a vítima em uma cafeteria. Durante a briga, Grilo teria dado um soco no acusado, que prometeu se vingar. 

O fazendeiro teria, então, contratado Gilberto Fernandes, Josival Rosendo, José Rosendo e Manoel Araújo da Costa para cometerem o assassinato.

As gravações captadas pela câmera de segurança de um supermercado teriam mostrado o momento do crime e a imagem dos executores. Os réus Josival Rosendo e José Rosendo foram condenados em 2014. Manoel Araújo faleceu durante o processo.

Desaforamento

Em 2016, o julgamento foi desaforado para Maceió, a pedido da 4ª Vara Criminal de Palmeira dos Índios, motivada pelo fato de o assassinato ter tido forte repercussão na cidade. Além disso, o réu Fernando Carlos Medeiros, acusado de ser o mentor intelectual do crime, é casado com a ex-vice-prefeita de Palmeira dos Índios, exercendo influência política no município.

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