Os proprietários das 890 empresas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Maceió devem contratar, nestes dois últimos meses do ano, entre 3.500 e 4.000 trabalhadores temporários para atender à demanda por produtos diversos já aquecida sobretudo durante o período natalino.

Luiz Antônio Jardim, diretor de Planejamento da CDL, explica que as possíveis contratações refletem o momento de otimismo vivenciado pelo empresariado local, que aposta na recuperação, em novembro e dezembro, dos resultados adversos do período da Copa do Mundo.

O período de Copa do Mundo (entre junho e julho) somado à recessão econômica, explica o dirigente lojista, não foi muito favorável ao ramo varejista, que registrou redução de vendas. “Mesmo assim, estamos otimistas e apostamos numa recuperação agora no final do ano”, afirmou.

Os 1.300 pontos de venda atrelados aos 890 associados contratam não apenas de vendedores, mas também de estoquistas, motoristas e operadores logísticos. “O vendedor, para atender com agilidade, depende do estoquista”, exemplifica.

O empresário Olinto Ozório, presidente da Aliança Comercial de Maceió, não tem números precisos sobre as contratações do final do ano passado, mas estima crescimento de até 20%, no quantitativo de contratações temporárias pelos estabelecimentos da região central.

Ele estima que as empresas devem ampliar em até 20% seu quadro funcional. O porcentual só não será maior por causa da “crise econômica, da inflação e da Copa do Mundo”. Os três fatores, avalia, explicam um otimismo, embora contido. “Acredito, mesmo assim, que o consumidor mantenha a tradição de investir seu 13º na compra de roupas e calçados, os produtos mais demandados desta época”, pondera. “Lojas de roupas e calçados lideram as contratações de temporários”.

Do Gazeta de Alagoas