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Polícia
Postada em 09/12/2024 13:45 | Atualizada em 09/12/2024 18:29 | Por Todo Segundo

Advogado deixa defesa de PM acusado de matar feirante em Palmeira

"Não mais represento o Sargento Sampaio, até aqui investigado pelo suposto feminicídio", diz Pitta
Advogado Cícero Pitta, deixou a defesa do PM acusado de matar feirante em Palmeira - Foto: Todo Segundo

É exclusivo. O advogado Cícero Pitta, deixou nesta segunda-feira (09), a defesa do sargento da Polícia Militar, Sampaio, acusado no suposto feminicídio da feirante Solange Silva, 44 anos, ocorrido no dia 20 de novembro no interior do quarto de um hotel, no centro de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas.

“Eu doutor Cicero Pitta, estou comunicando que a partir desta data, o Escritório Pitta & Magalhães, não mais representa o Sargento Sampaio, até aqui investigado pelo suposto feminicídio. A tempo informo que a renúncia ao caso se dá por motivo de foro íntimo, já tendo sido comunicando ao investigado por intermédio de seus familiares”, disse o advogado ao Portal Todo Segundo.

O sargento chegou a se apresentar à Polícia Civil com a presença do advogado e foi liberado devido à ausência do flagrante.

Em entrevista recente ao Portal Todo Segundo, Pitta, informou que o caso foi suicídio, e não, feminicídio, relatando o que foi dito pelo sargento.

Segundo o advogado, o PM relatou que a mulher, estava sob efeito de álcool, ligou e o chamou para o apartamento, o hotel. Ao chegar ao local, o suspeito disse que estava carregando uma arma de fogo que é registrada no nome dele.

Como de costume, ainda de acordo com essa versão, ele tirou o objeto do crime do bolso e deixou em cima da cabeceira da cama.

O advogado contou que, momentos depois, o irmão do suspeito ligou e pediu para que ele fosse atender um pedido para receber uma mercadoria. Quando o PM falou para a companheira que teria que sair para buscar a encomenda, ela insistiu que ele estava indo atrás de mulher, supondo uma traição.

O sargento se deslocou para pegar o pedido e, nesse momento, ouviu um disparo. Segundo o advogado, seu cliente colocou as mãos no bolso e percebeu que havia deixado a arma de fogo no quarto.

Desesperado, ele tentou abrir a porta do apartamento, mas estava trancada. Ao conseguir adentrar, encontrou a mulher sem vida, com a marca de um único tiro, 'a queima roupa'.

Ainda de acordo com essa versão, uma discussão antecedeu o fato. Segundo algumas testemunhas, foi possível ouvir gritos e agitação vindos da voz da mulher.

Por fim, Cícero Pitta ressalta que é importante que haja justiça, mas que os fatos sejam apurados a partir de investigações policiais, ao invés de boatos da população.

"Para quem confirma que foi feminicídio, é importante ir até a polícia e corroborar com o inquérito", falou.

O caso

Segundo relatos de populares, a vítima morava em um dos quartos do estabelecimento, já por alguns meses. Na noite do dia 20 de novembro, a vítima e o militar teriam discutido por ciúmes e Solange acabou morta.

O fato foi registrado como feminicídio. Segundo os bombeiros que atenderam a ocorrência, foi possível identificar um tiro na testa e outro na nuca. Uma equipe da Polícia Científica esteve no local para periciar o corpo.

Testemunhas disseram à polícia no dia do crime que a vítima mantinha um relacionamento extraconjugal com o militar e que ele teria sido o autor dos disparos e fugido logo após o crime. O caso está sendo investigado.

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