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Polícia
Postada em 13/05/2025 13:48 | Atualizada em 13/05/2025 13:56 | Por Todo Segundo

CISP de Palmeira será o centro de novo protesto pela morte de Gabriel Lincoln

Ato busca pressionar as autoridades a esclarecer as circunstâncias da morte do jovem de 16 anos
Protesto por justiça em Palmeira dos Índios: Ato será em frente ao CISP na sexta - Foto: Todo Segundo / Arquivo

Familiares e amigos de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, vão realizar um novo protesto nesta sexta-feira (16), a partir das 8h, em frente ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Palmeira dos Índios.

De acordo com os organizadores, o ato será de forma pacífica e é mais um apelo por justiça após a morte do adolescente, baleado por policiais militares no dia 3 de maio, durante uma perseguição na periferia da cidade.

Este será o segundo protesto público organizado pela família. No último sábado (10), dezenas de pessoas saíram às ruas com faixas, cartazes e gritos de indignação. Em clima de revolta e comoção, o grupo percorreu pontos centrais do município, denunciando o que chamam de “abuso policial” e cobrando a responsabilização dos envolvidos.

“Meu filho não era bandido. Era um menino cheio de sonhos, e teve a vida tirada de forma cruel. Não vamos descansar até que a verdade venha à tona e que os culpados sejam punidos”, disse a mãe de Gabriel, emocionada, durante o primeiro protesto.

A mobilização em torno do caso tem crescido nas redes sociais, impulsionada por amigos, parentes e até lideranças políticas. A expectativa é que o protesto de sexta-feira reúna um número ainda maior de manifestantes, com a participação de entidades de direitos humanos e movimentos sociais da região.

“Não podemos permitir que esse caso caia no esquecimento. Gabriel era um adolescente e não representava ameaça alguma. O que aconteceu foi uma execução sumária. A sociedade precisa se levantar contra isso”, disse uma militante do movimento local.

Relembre o caso

Gabriel foi baleado na noite de sábado, 3 de maio, no bairro Vila Maria, em Palmeira dos Índios, após uma perseguição da Polícia Militar. A versão apresentada pelos policiais afirma que o adolescente estava realizando manobras perigosas com uma moto e não atendeu à ordem de parada, iniciando uma fuga.

Durante a perseguição, segundo os militares, Gabriel teria sacado um revólver calibre .38 e disparado contra a guarnição, que então reagiu. O jovem foi atingido, socorrido pelos próprios policiais e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, mas não resistiu aos ferimentos.

No entanto, a família de Gabriel nega a versão apresentada pelos policiais. De acordo com seus familiares, Gabriel não estava armado no momento da abordagem e a reação da polícia teria sido desproporcional.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Gabriel, e uma comissão especial, composta por três delegados, foi designada para conduzir as investigações. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público, com o objetivo de garantir a transparência e a legalidade das apurações.

Durante as investigações, a Polícia Científica realizou exame residuográfico no corpo do adolescente para verificar a presença de resíduos de pólvora, o que poderia indicar se Gabriel teria manuseado uma arma de fogo.

A arma apresentada, segundo os militares como sendo de posse do jovem, não possui registro no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal, o que levanta questionamentos sobre sua origem.

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