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Postada em 02/12/2025 16:57 | Atualizada em 02/12/2025 18:58 | Por Todo Segundo

Médica que matou o ex é indiciada por homicídio qualificado em Arapiraca

Laudo pericial e vídeos de segurança foram cruciais para indicar intenção homicida, diz Polícia Civil
Crime ocorreu em frente à UBS de Arapiraca; vítima morreu ainda dentro do veículo - Foto: Reprodução / Vídeo

A médica Nádia Tamires foi indiciada nesta terça-feira (2), por homicídio qualificado pelo assassinato do ex-marido, o também médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas. A investigação conduzida pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios de Arapiraca (DHA), descartou a alegação de legítima defesa apresentada por Nádia.

O crime ocorreu na tarde do domingo, 16 de novembro, quando Alan Carlos estava dentro do carro estacionado em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) de Arapiraca. Ele foi atingido por vários disparos e morreu no local. Câmeras de segurança próximas ao local foram fundamentais para a reconstrução da dinâmica do homicídio.

De acordo com o delegado Daniel Scaramello, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as imagens mostram a suspeita descendo do veículo já armada, apontando a arma diretamente para o ex-marido. Ainda no dia do crime, Nádia foi conduzida pela Polícia Militar até a sede da DHPP em Maceió, onde prestou depoimento e alegou ter atuado em legítima defesa.

Contudo, a versão não foi confirmada após análise das imagens e evidências recolhidas no local, segundo o delegado. O inquérito também levou em consideração o histórico de conflitos do casal, que incluía processos judiciais e acionamentos da Patrulha Maria da Penha.

O delegado Everton Gonçalves, coordenador da DHA, enfatizou que, apesar da tensão já registrada entre os envolvidos, nada justifica a reação extrema da investigada. "O intuito homicida da suspeita ficou evidente, especialmente pela análise dos disparos efetuados, todos direcionados à vítima, conforme aponta o laudo pericial, mesmo sendo atingida por apenas um disparo no tórax", afirmou.

O caso segue agora para o Ministério Público de Alagoas (MPAL), que poderá requisitar novas diligências, apresentar denúncia à Justiça ou arquivar o processo. A defesa da médica ainda não foi localizada para comentar o caso. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

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