Por Bernardino Souto Maior

Em relação ao que é apurado pela Polícia Federal e tem como alvo pasta da Saúde do governador Renan Filho (PMDB), vale ressaltar: desde dezembro do ano passado que o deputado estadual Bruno Toledo (PROS) vem chamando atenção para a existência de compras fracionadas na pasta da Saúde.

O jovem parlamentar encaminhou requerimentos tanto a ex-secretária quanto ao atual gestor, Cristhian Teixeira, mas teve dificuldades de receber respostas. Em duas audiências públicas tratou do tema e fez os questionamentos à pasta com seus representantes presentes. Isso sem contar a quantidade de vezes que levou o tema ao plenário.

Toledo queria saber se havia compras fracionadas, como estava a situação dos fornecedores que ainda não receberam, como eram feitas as compras e os motivos das dispensas de licitações. O deputado estadual destacava que não se tratava de oposição por oposição, mas sim chamar atenção do governo para evitar problemas futuros e a penalização de quem precisa do sistema de Saúde pública em Alagoas.

Os alertas públicos chegaram ao Palácio República dos Palmares, mas foram desprezados ou ignorados. Na sessão da última terça-feira (08), Bruno Toledo destacou que se os questionamentos não foram respondidos pelo governo do Estado, agora serão pela Polícia Federal.

Um governo, seja ele qual for, não pode achar que a existência de uma oposição sólida é um mal. Ela se faz necessária para que se observe as críticas e se possa corrigir ações. Descaracterizar ou não dar ouvidos a uma crítica é sinônimo de arrogância e aumenta as chances para o erro.

Como disse Bruno Toledo, não foi falta de aviso. Por sinal, esse não é o único tema. Vale lembrar dos avisos dados pelo parlamentar quando no Fecoep. Lá, ele falava do uso de recursos do Fundo para custear ações que não correspondem ao objetivo do Fecope.