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Política
Postada em 30/11/2017 21:27 | Atualizada em 01/12/2017 17:46 | Por Todo Segundo

Gecoc cumpre mandado de busca e apreensão em Campo Grande

Ação é uma investigação paralela a que culminou na prisão do prefeito, Arnaldo Higino, na última sexta-feira (24)
Gecoc cumpre mandado de busca e apreensão em Campo Grande - Foto: Divulgação - MPE/AL
Do Todo Segundo

Integrantes do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) realizaram uma operação na tarde desta quinta-feira (30), na Prefeitura de Campo Grande, Agreste de Alagoas, para cumprir mandados de busca e apreensão.

O cumprimento de mandado de busca e apreensão é uma investigação paralela àquela comandada pela Procuradoria-Geral de Justiça que, na última sexta-feira (24), culminou com a prisão em flagrante do prefeito da cidade, Arnaldo Higino, pelo chefe do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, no momento em que recebia proprina de um empresário, cujo estabelecimento fornecia mercadoria para a Prefeitura.

Segundo o órgão, o objetivo seria recolher documentos relativos aquela administração pública desde o ano de 2013, época que o município era administrado por Miguel Higino, sobrinho de atual prefeito, Arnaldo Higino.

A operação, foi coordenada pelo promotor de Girau do Ponciano, Kleber Valadares e contou também com a participação de integrantes do Gaesf e da Polícia Militar, porém, quando as equipes chegaram ao local, várias salas estavam com pastas reviradas e espalhadas pelo chão, o que resultou na abertura de duas novas investigações contra o Poder Executivo municipal.

De acordo com a assessoria de comunicação do MPE/AL, para surpresa da instituição, quando as equipes chegaram ao local, várias salas estavam com pastas reviradas e espalhadas pelo chão, o que resultou na abertura de duas novas investigações contra o Poder Executivo municipal.

"O que vimos foram claros indícios de crime de extravio de documentos. As salas estavam completamente bagunçadas e nós não conseguimos achar muito material das gestões do sobrinho do prefeito, Miguel Joaquim dos Santos Neto, mais conhecido como Miguel Higino, muito menos do atual do gestor. Suspeitamos que houve o extravio para evitar que o MP tivesse acesso a papéis, contratos, informações importantes", explicou Kleber Valadares.

PIC e inquérito civil
Em função do resultado da diligência cumprida hoje, Kleber Valadares informou que está instaurando um procedimento de investigação criminal (PIC) e também um inquérito civil contra o vice-prefeito de Campo Grande, José Tenório dos Santos Neto - filho do prefeito Arnaldo Higino -, os integrantres da comissão permanente de licitação e em desfavor do secretário da área, uma vez que todos eles deveriam estar salvaguardando o patrimônio do município e, portanto, não poderiam ter permitido que aquela bagunça tivesse ocorrido em diferentes setores.

"Vamos apurar de quem foi a responsabilidade do ocorrido. O que não podemos permitir é que agentes públicos tentem esconder do Ministério Público dados e documentos que possam comprovar a práticade corrupção e improbidade administrativa", completou o promotor de justiça.

Com informações do MPE/AL
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