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Saúde
Postada em 11/05/2015 12:19 | Por Todo Segundo

Ato de amamentar traz benefícios à saúde das mães

Além de estabelecer uma ligação emocional com o seu bebê, a amamentação contribui para a diminuição da incidência de hemorragias pós-parto e anemia
Ato de amamentar traz benefícios à saúde das mães - Foto: Carla Cleto
O vínculo entre a mãe e o bebê é proporcionado pelo aleitamento materno. O alimento mais completo que existe para quem acaba de chegar ao mundo oferece incontáveis benefícios para a saúde física e emocional dos pequenos e também das puérperas. O ato de dar o peito não protege apenas o filho de doenças, as mães também saem ganhando com esse momento único, quando se inicia um processo que se prolonga por toda a vida.

“Sinto muita felicidade com o ato de amamentar”, contou a dona de casa Camila dos Santos, mãe da pequena Sara Eduarda. Essa alegria se deve ao organismo da maioria dessas mulheres liberarem serotonina, hormônio responsável pela sensação de prazer. Por isso, quem amamenta tende a relatar sensações de bem-estar e realização.

Mamãe de primeira viagem, Camila dos Santos acredita que o aleitamento materno garante saúde para a sua pequena Sara e é o melhor remédio para a filha. “Quero ver a minha Sara bem e a amamentação é a melhor forma”, contou ela, que se encontra, junto com a filha, na Enfermaria Canguru do Hospital Geral do Estado (HGE).

Para a pediatra Ana Maria Lobo, o momento de amamentação é importante principalmente para os bebês que se encontram com baixo peso ao nascer. Por meio do Método Mãe Canguru, a assistência neonatal garante o contato pele-a-pele precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente.

“A iniciativa permite uma maior participação dos pais no cuidado com o seu recém-nascido”, conforme a pediatra. Segundo Ana Maria Lobo, o vínculo estimula o aleitamento materno, favorece a maior duração da amamentação e amplia a confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso, mesmo após a alta hospitalar.

O pequeno Joelson Vinícius nasceu com sete meses e também se encontra na Enfermaria Canguru do HGE, para reverter o baixo peso e melhorar a alimentação. A estudante Bianca Gomes, mãe do bebê de apenas 1 mês, defende que os recém-nascidos que mamam ficam mais saudáveis que outros bebês que não tiveram a oportunidade de ter o aleitamento materno como fonte de alimentação.

“É uma sensação imensurável que fica para o resto da vida”, relatou Bianca, sobre o ato de amamentar. Mas, o que poucas mães sabem é que esse ato de amor também traz muitos benefícios para ela mesma, como o fato de contribuir para a volta do útero ao tamanho normal -  o que evita o sangramento excessivo no pós-parto. Logo, ao se prevenir dessa hemorragia, a mãe afasta os riscos de anemia.

Segundo a pediatra Ana Maria Logo, a amamentação reduz ainda a chance das mães desenvolverem síndrome metabólica – uma condição que associa excesso de peso, diabetes, pressão arterial alta e taxas elevadas de colesterol e triglicerídeos. Segundo a médica, também evita a depressão pós-parto, que chega a atingir cerca de 15% das mulheres que acabaram de dar à luz um bebê.

E quando a mãe começa a amamentar, há a involução do útero. Assim, aquela barriga que incha no pós-parto vai diminuindo com as mamadas. Isso favorece a perda do peso extra que a mulher ganhou na gestação – situação que também é favorecida pelo gasto calórico proporcionado pelo fato de a mãe produzir leite.

Para o Bebê - Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno deverá ser mantido em exclusivo até aos seis meses de idade, quando possível, seguido de amamentação complementar até aos dois anos. O leite materno contribui para a formação do sistema imunológico da criança e tem um efeito protetor a longo prazo contra a obesidade, algumas formas de alergia, linfoma, diabetes, doenças cardiovasculares e do aparelho digestivo.

Quanto aos benefícios do aleitamento materno para o bebê, temos que o ato proporciona uma ótima proteção imunológica ao recém-nascido; transmite resistência contra alergias; protege contra microrganismos como vírus e bactérias; reduz a probabilidade de infeções respiratórias; aumenta a resistência contra diarreias, otites, infecções urinárias; promove o bom desenvolvimento mandibular, das estruturas da fala e da dentição; pode diminuir a probabilidade de obesidade; reduz a ocorrência da Síndrome da Morte Súbita; e reforça o laço emocional com a mãe, o que lhe transmite segurança e equilíbrio ao bebê.

Agência Alagoas
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