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Saúde
Postada em 26/09/2024 23:37 | Por Todo Segundo com Sesau

Sesau orienta sobre mudanças no esquema vacinal contra a poliomielite

A partir do próximo sábado (28), as doses da Vacina Oral contra a Poliomielite Bivalente serão substituídas
As doses da Vacina Oral contra a Poliomielite Bivalente serão substituídas a partir de sábado - Foto: Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa à população de Alagoas que o esquema vacinal contra a Poliomielite vai passar por mudanças. Conforme nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde (MS), as doses da Vacina Oral Poliomielite Bivalente (VOPb), a da gotinha, serão substituídas pela Vacina Inativada Poliomielite (VIP), que tem aplicação injetável.

Atualmente, o esquema vacinal contra a doença prevê o uso da vacina injetável nas três primeiras doses (2, 4 e 6 meses). Já as doses de reforço são ministradas com a vacina oral, aos 15 meses (4º dose) e aos 4 anos de idade (5º dose). Com a alteração, a partir do dia 4 de novembro, a dose de reforço será aplicada somente aos 15 meses e com a vacina injetável.

Dessa forma, a vacina oral para reforços só estará disponível nos postos de saúde até o dia 27 de setembro deste. Além disso, a Sesau informa aos pais que a 4ª e a 5ª doses de reforço contra a Pólio não vão estar disponíveis nos postos entre os dias 28 de setembro a 3 de novembro. Porém, as três doses do esquema primário, que já são injetáveis, serão oferecidas normalmente durante esse período. Portanto, apenas o reforço com a gotinha será interrompido.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), enfermeira Rafaela Siqueira, explica que as aplicações das doses de reforço serão interrompidas até 3 de novembro para as adequações necessárias. “Logo em seguida, a partir de 4 de novembro, a imunização de reforço será retomada, mas com a dose injetável aos 15 meses. A gotinha deixa de existir, mas a proteção para as crianças segue a mesma”, afirmou.

Com a alteração, a partir do dia 4 de novembro, a dose de reforço será aplicada somente aos 15 meses e com a vacina injetável
Rafaela Siqueira destacou, ainda, que a mudança no esquema vacinal foi definida após uma avaliação criteriosa da Reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI). Ela é formada por membros do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

A partir de 28 de deste mês, o Ministério da Saúde vai aplicar uma logística reversa para a retirada das doses da vacina oral que restaram no Brasil. Dessa forma, os municípios devem devolver os imunizantes em gotinha para o Estado, que fará o envio de volta ao MS. “Já estamos em contato com os coordenadores das regiões de Saúde de Alagoas para explicarmos como vai ser essa transição para que tudo funcione conforme o previsto”, disse a coordenadora do PNI/AL.

A coordenadora do PNI/AL, enfermeira Rafaela Siqueira, explica que as aplicações das doses de reforço serão interrompidas até 3 de novembro para as adequações necessárias

Cobertura Vacinal

Após enfrentar uma queda desde 2016, a cobertura vacinal para Poliomielite no Brasil alcançou 86,55% em 2023, ante os 77,20% em 2022, conforme os números da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Em Alagoas, a cobertura vacinal contra Pólio chegou a 90,96% no ano passado. Já este ano, está em 88,12%. A meta preconizada pelo MS é vacinar, no mínimo, 95% das crianças de 1 a menores de 5 anos de idade.

De acordo com o Ministério da Saúde, a nova estratégia para uso da VIP é mais um passo na erradicação no Brasil da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. O país está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da VOP nas estratégias de vacinação no combate contra a Polio desde que foi introduzida de forma oficial em 1977.

Símbolo da campanha contra Pólio, o personagem Zé Gotinha é uma marca da luta contra a doença. O personagem já atuou diversas vezes para mobilizar e incentivar a vacinação. Mesmo com o fim do uso da vacina oral, o mascote deve continuar sendo usado para alertar a população sobre a importância da vacinação, segundo informações do Ministério da Saúde.

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